Neste ano de 2015, os jovens do Rio de
Janeiro celebraram os 30 anos do Dia Nacional da Juventude (DNJ) e trouxeram à
sua realidade, neste importante momento histórico do país, a reflexão de sua
atuação como cristãos na sociedade.
Inspirados por documentos importantes do
Concílio Vaticano II como “Lumen Gentium” (Luz dos povos) e “Gaudium et Spes”
(Alegria e esperança), a juventude abraçou o convite de serem jovens ativos,
criativos e construtores da sociedade. E participaram com grande alegria e
entusiasmo, no dia 18 de outubro, do DNJ 2015 realizado pelo Setor Juventude da
Arquidiocese do Rio, na Catedral Metropolitana de São Sebastião.
Transformar o mundo
O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João
Tempesta, esteve presente no evento e ressaltou a importância do dinamismo
juvenil para a transformação da sociedade.
“Este belo momento em nossa Catedral
Metropolitana é uma oportunidade de reunir todas as expressões jovens da Igreja
no Rio de Janeiro para celebrar o Dia Nacional da Juventude, também comemorado
em todo o Brasil todos os anos. Nosso objetivo é incentivar os jovens e
recordar que eles são Igreja, e que continuem se sentindo como Igreja,
caminhando com o povo de Deus e experimentando as graças do Pai de poder,
enquanto Igreja, ajudar esse mundo a ser transformado. Todos nós somos chamados
a transformar o mundo, mas os jovens mais ainda, tendo em vista todo o seu
dinamismo”, afirmou Dom Orani.
Fermento na massa
Como ocorre tradicionalmente, ao longo do dia
houve pregações, oficinas, louvor, adoração ao Santíssimo e apresentação
teatral, que trouxeram e trabalharam a temática do Dia Nacional da Juventude –
“Juventude e sociedade” – e seu respectivo lema: “Estou no meio de vós como
aquele que serve” (Lc 22, 27).
“O DNJ acontece há trinta anos e, para nós,
este é o momento de congregar e reunir os jovens católicos que querem viver
verdadeiramente por e para Jesus. O tema do Dia Nacional da Juventude deste ano
faz uma reflexão do jovem que transforma a sociedade, que é diferente porque
está inserido no mundo, na escola, na faculdade e no trabalho, mas compreende
que ali e em todos os ambientes ele precisa ser luz das nações e fermento da
massa. Logo, esse momento torna-se um dia de conversão, de voltar para o
Senhor, de não ter medo de dizer que é católico e cristão, e de se comprometer
voltando para casa e para a paróquia com o compromisso de transformar a
sociedade e sua comunidade. O DNJ é este dia de celebração e tomada de
consciência por parte da juventude cristã católica da nossa Arquidiocese de São
Sebastião do Rio de Janeiro”, concluiu padre Jorge Carreira.
Revolução do amor
Todas as comunidades, movimentos e pastorais
ligados à juventude participaram de alguma forma do evento, que teve como ápice
a Santa Missa presidida pelo bispo auxiliar e animador do Setor Juventude, Dom
Antonio Augusto Dias Duarte. A celebração eucarística foi concelebrada pelo
assistente eclesiástico do Setor, padre Jorge Carreira e outros sacerdotes da
arquidiocese.
“Nós acabamos de ouvir o Evangelho (Mc
10,35-45) e ele nos apresenta Tiago e João, dois irmãos jovens que sabiam o que
queriam: sentar um à direita e outro à esquerda de Jesus, quando estivessem em
sua glória. Uma das coisas mais tristes é ouvir um jovem dizer: eu quero, mas
não posso, não consigo e não sei se vou conseguir um dia na vida. Quando a
gente começa a dizer não posso e não consigo, nós começamos a perder a força da
juventude, e sem força nós não só deixamos de crescer pessoalmente como também
não fazemos o papel que Deus nos confiou, de construir uma sociedade e um
futuro melhor. Embora não entendamos muitas coisas da realidade, embora a
gente não saiba discernir bem qual é a providência de Deus, esses dois jovens
nos ensinaram uma coisa fundamental: que temos que dizer, sempre cheios de
confiança e audácia, que podemos, sim, construir um mundo melhor, superar as
dificuldades do ambiente e as dificuldades pessoais com o poder da liberdade
que Deus nos deu. Uma liberdade que, se nós soubéssemos utilizar, faríamos a
maior revolução da história da humanidade, que é a revolução do amor e dos
valores”, ressaltou Dom Antonio Augusto.
Fonte:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/3756/na-busca-da-revolucao-do-amor-e-dos-valores
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