sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Réveillon da Paz promete animação e oração

Com fortes momentos de oração e shows de banda e DJ, o Réveillon da Paz é a oportunidade ideal para quem quer aproveitar a companhia de familiares e amigos em um clima de tranquilidade e animação. A programação da festa começa às 22h no dia 31 de dezembro, com a Santa Missa, e segue até às 5h do primeiro dia do ano de 2016 na Praia de Botafogo. A entrada é gratuita.
O grande diferencial do Réveillon da Paz é a virada de ano em Adoração ao Santíssimo Sacramento, seguida de bênção do sacerdote. A programação segue pela noite com muita música e descontração. Quem deseja todo o clima de "festa na praia" pode levar cangas, cadeiras para aproveitar a areia. Haverá venda de bebida e comidas, mas também pode ser levado de casa.
“O Réveillon da Paz é uma oportunidade de iniciar o ano novo aos pés do Senhor, cercado de amigos e família. Uma festa com muita música, animação e oração em um ambiente praiano, onde todos se unem para pedir paz ao mundo e as bênçãos de Deus para o ano que começa”, destacou o organizador do evento, Julio César.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/3925/reveillon-da-paz-promete-animacao-e-oracao

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Papa confidencia aos jovens a sua maneira de ler a Bíblia

O prefácio de uma Bíblia voltada ao público jovem, escrito pelo Papa Francisco, foi publicado na revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”. O Papa afirma no texto amar a sua velha Bíblia e que esta foi “testemunha” de sua alegria e foi “banhada” por suas lágrimas: “É o meu inestimável tesouro. Vivo dela e por nada no mundo me desfaria dela”. Francisco dá várias sugestões aos jovens em como usá-la, ao mesmo tempo em que confidencia a eles como lê a sua “velha Bíblia”.
Francisco iniciou o texto afirmando que os jovens se surpreenderiam com a aparência de sua Bíblia, velha e usada, mas que por nada faria menos dela pois ela o acompanhou em “metade” de sua vida. Em seguida, recordou as perseguições aos cristãos no mundo na atualidade, afirmando com certa ironia, que “evidentemente a Bíblia é um livro extremamente perigoso, causa tanto risco, que, no entanto, em certos países, quem possui uma é tratado como se escondesse no armário bombas ao alcance da mão”.
O Papa chama a atenção para o fato de que muitas vezes os cristãos consideram a Bíblia como uma simples obra-literária e chegou a fazer referências às palavras de Mahatma Gandhi que afirmava: “Aos cristãos foi confiado um texto com quantidade de dinamite suficiente para fazer explodir em mil pedaços a civilização inteira, para colocar de cabeça para baixo o mundo e levar a paz a um planeta devastado pela guerra, mas o tratam como se fosse uma simples obra literária, nada além disto”.
Contrastando esta abordagem do texto sagrado, Francisco recorda que a Bíblia não é uma seleção de histórias antigas e bonitas, mas “pela Palavra de Deus, a luz veio ao mundo e nunca mais se apagou. Acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada!”.
“Vocês têm entre as mãos, portanto, algo de divino, um livro como fogo, um livro no qual Deus fala. Por isto, recordem-se: a Bíblia não é feita para ser colocada em uma prateleira, mas é feita para ser levada na mão, para ser lida frequentemente, a cada dia, quer sozinho como acompanhados”, escreveu o Papa aos jovens.
Francisco sugere aos jovens a leitura conjunta da Bíblia, assim como se vai acompanhado ao shopping ou praticar esportes, propondo também que a leiam “ao ar livre, mergulhados na natureza, no bosque, na beira do mar, de noite à luz de velas. Vocês fariam uma experiência forte”. E questiona: “Ou quem sabe vocês têm medo de parecerem ridículos diante dos outros?”
O Papa explica que a Palavra de Deus, para mostrar a sua força e transformar a nossa vida, deve ser meditada e lida em profundidade, pois através dela “Deus está me falando”.  E confidencia como lê a sua velha Bíblia: “Frequentemente a pego, a leio um pouco, depois a deixo de lado e me deixo olhar pelo Senhor. Não sou eu que olho para ele, mas Ele que olha para mim, colocando assim na escuta do Senhor. Às vezes Ele não fala: e então não ouço nada, somente vazio, vazio, vazio…. Mas, paciente, permaneço lá e o espero assim, lendo e rezando. Rezo sentado, porque me faz mal ficar de joelhos. Às vezes, rezando, até mesmo adormeço, mas não tem problema: sou como um filho próximo ao seu pai, e isto é aquilo que conta”.
Ao concluir, enfatizou: “Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia”.
O prefácio foi escrito para uma Bíblia dirigida aos jovens. A ideia da obra é de Thomas Söding, professor do Novo Testamento na Universidade de Bochu, e por longos anos membro da Comissão Teológica Internacional da Santa Sé. Pai de três filhos, sentia a necessidade de oferecer aos jovens uma possibilidade de acesso à Bíblia que fosse atraente. Assim, entrou em contato com Georg Fisher (Universidade de Innsbruck) e Dominik Markl (Pontifício Instituto Bíblico, em Roma), jesuítas austríacos e professores de Antigo Testamento, convidando-os a colaborar com o projeto. Após a ampla divulgação do catecismo para jovens Youcat, os autores convidaram a Youcat Foundation (Augsburg), junto com a Katholische Bibelanstalt (Stuttgart), para colaborar com o projeto.
Confira o texto na íntegra:

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Papa em sua Catequese: Jovens o que querem fazer das suas vidas?

O Papa Francisco falou sobre sua recente viagem à África na Audiência Geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro. Por sua vez, convidou os jovens a pensar em sua vocação e sobre a possibilidade de o Senhor os chamar para ser missionários e evangelizar em qualquer lugar do mundo.
Os missionários são “homens e mulheres que deixaram tudo, a pátria, desde jovens e se foram, em uma vida de muito trabalho, às vezes dormindo sobre a terra, toda a vida”, disse Francisco.
Em seguida, contou uma anedota que lhe ocorreu na República Centro-Africana: “Em um momento encontrei em Bangui uma religiosa italiana, via-se que era anciã: ‘Quantos anos tem?’, perguntei-lhe. ‘81’. ‘Ah, não muito… dois a mais do que eu, não muito’. Estava com uma menina e a menina, em italiano, chamava a freira de ‘vovó’. 81 anos e estava ali desde que tinha 23 ou 24 anos. Toda a vida. E, como ela, muitos. ‘Mas eu não sou daqui, sou do país vizinho, do Congo, mas vim em canoa com esta menina’”.
“Assim são os missionários, valentes. ‘E o que você faz, irmã?’. ‘Eu sou enfermeira e depois estudei um pouco e me tornei parteira, ajudei a nascer 3.280 crianças”.
“Uma vida inteira pela vida dos outros. Como ela, existem tantos outros, religiosos, padres, missionários que ‘queimam’ suas vidas para anunciar Jesus Cristo. Isto é muito bonito”.
O Papa continuou improvisando: “Eu gostaria de dizer uma coisa aos jovens… há poucos porque a natalidade na Europa parece que é um luxo. Natalidade 0%, natalidade 1%. Mas, me dirijo aos jovens: pensem no que farão de suas vidas, pensem nesta religiosa e em tantas como ela, que deram a vida e muitos morreram ali. A missionariedade não é fazer proselitismo, porque esta irmã me disse que até os muçulmanos vão até elas porque sabem que as freiras são boas enfermeiras que curam bem e não fazem catequese para convertê-los, a não ser testemunho, e a quem quiser, dão catequese. Testemunho: esta é a grande missionariedade heroica da Igreja, anunciar Jesus Cristo com a própria vida”.
“Dirijo-me aos jovens: o que pensam, o que querem fazer com sua vida? É o momento de pensar e pedir ao Senhor que te faça sentir a vontade dele, mas não excluam por favor esta possibilidade de ser missionários para levar o amor, a humanidade, a fé a outros países. Não para fazer proselitismo, isso o fazem outros que procuram outra coisa. A fé se prega primeiro com o testemunho e depois com a palavra, lentamente”.
Na catequese, o Pontífice relembrou os três países do continente africano que visitou durante seis dias, Quênia, Uganda e República Centro-Africana, de onde retornou a Roma na segunda-feira, 30 de novembro.