terça-feira, 31 de março de 2015

Esporte e Evangelização

Depois da Copa do Mundo, a cidade do Rio de Janeiro se prepara para mais um grande evento esportivo: os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio2016.
Uma missa organizada pela Arquidiocese do Rio, por meio da Pastoral do Esporte, no dia 24 de março, na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, marcou os 500 dias para o início dos Jogos.
Segundo o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que presidiu a celebração eucarística, a Igreja pretende colaborar com o espírito olímpico, que procura promover a paz e o entendimento entre os povos. “A celebração traz uma oportunidade de pedir a Deus que o trabalho de organização e construção da estrutura para as Olimpíadas possa ajudar cada vez mais os habitantes de nossa cidade e, ao mesmo tempo, para que o esporte traga justiça, entendimento, saúde e fraternidade para todos”, disse.

Dias de Paz
A Cruz Olímpica e o Ícone da Paz, símbolos da Campanha “100 Dias de Paz”, também estavam expostos na celebração. Seguindo o modelo de trabalho realizado em Londres nas Olimpíadas de 2012, a iniciativa tem o objetivo de realizar diversas atividades antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos, com a finalidade de atingir jovens, atletas e o público em geral, evangelizando através do esporte.
A cruz foi confeccionada pelo artista londrino Jon Cornwall, utilizando 12 tipos diferentes de madeira de vários países. Já o Ícone da Paz representa o trabalho que a Pax Christi Internacional realiza em prol da reconciliação no Oriente Médio. A Paz de Cristo é representada no ícone através de várias imagens de histórias bíblicas e da vida de santos católicos. Segundo o coordenador do Comitê Organizador da Campanha, padre Leandro Lênin, os símbolos mostram a aliança entre as nações em torno da paz que Cristo pode trazer.

Guido Shaffer
Segundo padre Leandro, fazer a celebração da contagem regressiva na Paróquia Nossa Senhora da Paz, onde estão guardados os restos mortais do Servo de Deus Guido Shaffer, foi também muito significativo. “Guido foi um exemplo de como cultivar muito bem as virtudes espirituais e esportivas. Devemos pedir a intercessão dele para que possamos abrir novos espaços de evangelização através do esporte”, afirmou. O seminarista Guido, em processo de beatificação pela Igreja Católica, praticou diversas atividades esportivas durante sua vida e tinha o surfe como esporte predileto.

Jogos Arquidiocesanos
Para fazer com que o povo carioca vivencie valores como lealdade, perseverança, amizade, partilha e solidariedade através de atividades esportivas, a Pastoral do Esporte organiza a segunda edição dos Jogos Arquidiocesanos, evento que pretende unir jovens de toda a arquidiocese em competições esportivas de várias modalidades. As inscrições, realizadas no site www.pastoraldoesporterio.org.br, foram prorrogadas e vão até o dia 12 de abril.
Cada paróquia será uma “delegação”, com suas equipes femininas e masculinas separadas entre participantes de até 17 anos e a partir de 18 anos. Para a inscrição, a paróquia deverá eleger um representante. A competição começa a nível vicarial entre maio e julho nas seguintes modalidades: atletismo (corrida de 100m e 400m e salto em distância), futsal, voleibol de praia, voleibol de quadra e tênis de mesa. Os vencedores disputarão a final arquidiocesana em setembro. Nesta fase, acontecerão também as disputas de atletismo (corrida de 10km), basquete, handebol, lutas, natação e ciclismo.

A pastoral
Procurando colocar em prática uma nova proposta evangelizadora através da prática esportiva, solicitada por vários pontífices do século 20, a Arquidiocese do Rio fundou em 2008 a Pastoral do Esporte.
A pastoral foi reestruturada após a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, seguindo o plano pastoral arquidiocesano e alinhando-se com a realização de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A pastoral pretende mostrar a importância do esporte para uma caminhada comunitária, objetivando impactar distintas esferas sociais, proporcionando atividades esportivas que complementam a ação evangelizadora da Igreja.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/3079/esporte-e-evangelizacao

segunda-feira, 16 de março de 2015

Jornada Diocesana da Juventude

A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), dimensão diocesana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), teve sua primeira edição no Rio de Janeiro em 2014, e acontecerá novamente em 2015, dia 28 de março, sábado, no Posto 3 da Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, às 14h. Da praia, os jovens seguirão em procissão até a Paróquia São Francisco de Paula, onde o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, presidirá missa às 16h. O assessor eclesiástico do Setor Juventude, padre Jorge Carreira, estará presente durante todo o evento, e a animação da procissão ficará por conta da Banda Linguagem dos Anjos.
O tema proposto pelo Papa para ser trabalhado na Jornada em 2014 foi a 5ª bem-aventurança: “Bem-aventurado os pobres em espírito” (Mt 5,7). Em 2015, a intenção de Francisco foi continuar essa reflexão. Portanto, ele escolheu como tema a 6ª bem-aventurança: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).
“Continuamos a nossa peregrinação espiritual para Cracóvia, onde em julho de 2016 se realizará a próxima edição internacional da Jornada da Juventude. Como guia do nosso caminho, escolhemos as bem-aventuranças evangélicas. No ano passado, refletimos sobre a bem-aventurança dos pobres em espírito, inserida no contexto mais amplo do Sermão da Montanha. Juntos, descobrimos o significado revolucionário das bem-aventuranças e o forte apelo de Jesus para nos lançarmos, com coragem, na aventura da busca da felicidade”, afirmou o Papa Francisco, na mensagem para a próxima JMJ, lançada no dia 17 de fevereiro deste ano.
Para a articuladora do Setor Juventude da Arquidiocese do Rio, Gracielle Reis, responsável pela organização do evento, é interessante a Jornada acontecer no Domingo de Ramos, porque estimula o jovem a estar no centro da fé cristã, que é a Semana Santa, quando acontecem a paixão, morte e ressurreição de Cristo.
“Queremos seguir o apelo da Igreja de fazer a Jornada com os jovens cariocas para que como povo do Rio de Janeiro mergulhemos profundamente no mistério pascal desde o Domingo de Ramos”, explicou.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Congresso para Líderes da Juventude

O Setor Juventude da Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou no sábado, dia 28 de fevereiro, a primeira edição do Congresso para Líderes da Juventude, no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória. O encontro teve o objetivo de integrar líderes de pastorais, novas comunidades, congregações religiosas e movimentos eclesiais que trabalham diretamente com jovens e articular um trabalho comum de evangelização, além de incentivar o seu protagonismo dentro da Igreja.

Testemunhas de tempos novos
O congresso foi iniciado com a celebração eucarística presidida pelo cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. Em sua homilia, destacou a importância do papel juvenil dentro da Igreja e afirmou que o jovem pode ser protagonista das mudanças deste mundo. O cardeal ressaltou também a necessidade de manter a união entre todos apesar das diferentes formas de atuação e carismas. “Vamos aproveitar o tempo da Quaresma para nos renovarmos, escolhermos novamente o Senhor Deus, o primeiro amor. Que os jovens sejam testemunhas de tempos novos, sinais de Cristo, e que esse encontro nos faça sentir enviados para cumprirmos bem nossa missão”, finalizou.

Amigos de Cristo
Após a missa, o encontro foi conduzido por padre Jorge Carreira, assessor eclesiástico do Setor Juventude. Em uma conversa descontraída e animada, que rendeu muitas risadas, padre Jorge alertou os jovens a necessidade de eles se colocarem disponíveis para servirem a Cristo e a Igreja. Ele destacou três passos importantes para isso: “desejar ser amigo de Cristo; cuidar da nossa casa, a Igreja, e de nossos irmãos e por último, ser um pastor de almas, atraindo mais pessoas para a Igreja mostrando a elas o amor a Cristo”.

Evangelização da Juventude
Gracielle Reis apresentou também o histórico da evangelização juvenil no Brasil, abordando não apenas como surgiu o Setor Juventude, mas também fazendo memórias a outros movimentos jovens presentes no país. Dois subsídios preparados pela Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também foram destacados. São eles o estudo 103, “Pastoral Juvenil no Brasil – Identidade e Horizontes” e o documento 85 “Evangelização da Juventude – Desafios e perspectivas pastorais”.
Karen Vieira participou do encontro por estar envolvida com eventos da juventude na Paróquia Santa Inês, em Jabour, Senador Camará. Segundo ela, o encontro é importante para aprender novas formas de motivar ainda mais os jovens na sua caminhada dentro da Igreja. “Depois da JMJ ainda há muito para realizarmos. Sinto que minha paróquia está precisando disso, tínhamos muitos jovens participando da igreja e agora somos um número bem reduzido”, ponderou. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

“Eu vim para servir”

Brasília, 1º de Março de 2015.

Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.

“Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)

Tempo precioso de quaresma! Que bom podermos celebrar como família este momento que nos resgata em nossa dignidade de filhos do Pai e irmãos dos outros. A Campanha da Fraternidade deste ano nos brinda com esta maravilhosa certeza: todos viemos para servir!

“Eu vim para servir!” diz Jesus aos seus apóstolos!
“Eu vim para servir!” diz a nossa Igreja ao mundo nestes dois mil anos de história!
“Eu vim para servir!” dizemos aos jovens que se encontram ao nosso redor!
“Eu vim para servir!” deve dizer ao mundo cada jovem que Deus nos confia!
Uma das melhores maneiras de servir aos jovens é capacitá-los, no amor de Jesus que os chama, para servir os outros. Torná-los multiplicadores do amor-serviço que vem do Mestre. Portanto, a evangelização da juventude se compromete a ajudar o jovem a se reconhecer amado – “servido!” – por Deus e a se predispor a amar – “servir!” – seus irmãos. Para isto, assumimos oferecer-lhe um processo formativo que conjugue espiritualidade, estudos, convivência, atividades, participação e tudo aquilo que possa amadurecer o protagonismo juvenil.
Entendemos por protagonismo juvenil o compromisso efetivo do jovem com a própria vida, com sua Comunidade de fé e com a Sociedade na qual vive. Isto depende, fundamentalmente, dele, mas, também, de cada um de nós. “Sem o protagonismo, o jovem não é motivado para assumir responsabilidade, para tomar iniciativa e para desenvolver habilidades de liderança. A juventude deve ser vista, em primeiro lugar, como lugar teológico a ser encorajada a assumir um papel de liderança e ousadia, para testemunhar a nova evangelização e fazer chegar a todos a Civilização do Amor.” (CF 2013, 217).