O Santo Padre encontrou na tarde de 4 de
setembro, na Sala do Sínodo, no Vaticano, os participantes do III Congresso das
“Scholas occurrentes”, que se realizou no Vaticano de 1° de setembro até dia 4.
A iniciativa reúne realidades educativas de culturas e religiões diferentes e
nasceu pelo impulso e encorajamento de Bergoglio.
Em seu discurso, o Papa reafirmou o que disse
no avião ao concluir sua visita à Coreia, ou seja, de que estamos em guerra –
fruto da cultura da desintegração e do desencontro. Nos dias atuais, se tornou
recorrente a expressão “meninos de rua”, como se fosse possível crescer
abandonado, sem um ambiente cultural, familiar e escolar.
Francisco contou um episódio de sua infância,
quando certa vez desrespeitou sua professora. Sua mãe foi chamada na escola e,
ali, o pequeno Bergoglio teve que pedir desculpa pelo ato que cometeu – dando o
caso por encerrado. Todavia, a cena foi diferente ao chegar em casa, pois
Francisco teve que fazer as contas com sua mãe, sem a professora por perto.
Hoje – disse o Papa – quando um filho é
repreendido na escola, os pais querem processar os professores, resultado do
pacto educativo que se rompeu. “Nesse sentido, é muito importante fortalecer os
vínculos sociais, familiares e pessoais, porque todos – especialmente as
crianças e os jovens – necessitam de um habitat realmente humano, em que
encontrem as condições para seu desenvolvimento pessoal harmônico e para sua
integração na sociedade.”
Durante a audiência o Pontífice lançou a
plataforma tecnológica de rede das “Scholas Occurrentes”, que prevê a
possibilidade de usar as novas tecnologias para favorecer os encontros e as
trocas entre estudantes e escolas de diferentes países. Neste contexto, o Papa
participou de uma vídeo-conferência, via internet, com estudantes que aderiram
à rede de ‘Scholas’, de El Salvador, África do Sul, Turquia européia, Israel e
Austrália, representando assim os cinco continentes.
O primeiro estudante, da Austrália, perguntou
ao Papa como as Escolas podem avançar nesta comunicação e construir pontes.
“Vocês – respondeu o Papa – podem fazer duas coisas opostas: construir pontes
ou levantar muros. Os muros separam, dividem; as pontes aproximam”. Portanto -
acrescentou – continuar a comunicar. Comunicar experiências":