segunda-feira, 31 de julho de 2017

Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos

No dia 6 de agosto, Festa da Solenidade da Transfiguração do Senhor, a Igreja motiva os fiéis a se unirem ao Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos.
Serão muitas as iniciativas das comunidades pelo Brasil. No Rio de Janeiro, o Cardeal Orani João Tempesta celebrará missa, às 17h, no Cristo Redentor, com a presença de representantes das Igrejas Orientais.
O presidente da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) no Brasil, frei Hans Stapel, com o apoio da CNBB, escreveu uma carta aos párocos do país pedindo comunhão à causa. Os fiéis podem se unir à intenção de várias formas; às paróquias é sugerido colocar a intenção na oração dos fiéis; aos grupos, pastorais e famílias, a sugestão é rezar o Terço de Nossa Senhora, um momento de adoração ou mesmo a oração pessoal, nas intenções de toda pessoa que sofre por viver sua fé.
De acordo com estatísticas do Center for Study of Global Christianity, em 2016, um cristão foi morto a cada seis minutos, simplesmente por professar a sua fé. O Oriente Médio e o norte da África continuam como regiões onde a perseguição é mais cruel.
Para aprofundar essa realidade, a ACN publica a cada dois anos o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo. A 13ª edição do documento, com dados de junho de 2014 a junho de 2016, mostra a situação e a vivência do direito à expressão da fé particular em 196 países, inclusive o Brasil.
Em março deste ano, no vídeo com suas intenções de oração mensal, o Papa Francisco lembrou a realidade dos que são perseguidos por sua fé, e questionou: “quantos de vocês rezam pelos cristãos que são perseguidos?”
O pontífice motivou os fiéis: “Animem-se a fazer isso comigo, para que experimentem o apoio de todas as Igrejas e comunidades, por meio da oração e da ajuda material”.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/5976/dia-de-oracao-pelos-cristaos-perseguidos


terça-feira, 25 de julho de 2017

A ‘controvérsia’ sobre os irmãos de Jesus

“Mais controverso é o episódio do Evangelho de Mateus que alude aos ‘irmãos de Jesus’. No fim do século IV, São Jerônimo, autor da “Vulgata” – a tradução latina das Escrituras que por séculos foi a única autorizada pela Igreja Católica – , cravou a ideia de que a palavra grega seria vaga e, assim, poderia designar ‘primos’. Não, esclarece Lourenço na introdução, adelphoi significa apenas ‘irmãos’. O tema é especialmente delicado para a devoção católica a Virgem Maria: se Jesus tinha irmãos, sua mãe obviamente não se manteve sempre virgem.” (texto da revista “Veja”)
De tempos em tempos, alguém fica intrigado com a afirmação contida nos evangelhos sobre “os irmãos e as irmãs” de Jesus. Estes são citados em dois episódios particulares: a família de Jesus em Mt 12,46-50, cujos paralelos se encontram em Mc 3,31-35; Lc 8,19-21 (Jo 7,3), e a visita de Jesus a Nazaré em Mt 13,53-58, cujos paralelos se encontram em Mc 6,1-6a; Lc 4,16-30.
Um olhar atento para o uso e o significado do termo “irmão”, em grego ἀδελφός, que ocorre 38 vezes só no Evangelho Segundo Mateus, permite tecer diferentes considerações quanto ao tipo de vínculo ou de parentesco carnal ou espiritual. Vejamos alguns exemplos:
Mt 1,2 é a primeira ocorrência, e menciona que Jacó gerou Judá e seus irmãos (Ἰούδανκαὶτοὺςἀδελφοὺςαὐτοῦ). Ora, basta ver Gn 29,15–30,25 para se descobrir que os irmãos de Judá não foram todos filhos da mesma mãe, pois Jacó gerou filhos, tanto através de Lia (Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zabulon e Dina) como de sua escrava Zelfa (Gad e Aser), e através de Raquel (José e Benjamim) e de sua escrava Bala (Dã, Neftali). Não obstante isso, o evangelista usou o mesmo termo grego “irmãos” (ἀδελφοὺς). São todos filhos do mesmo pai Jacó (cf. Gn 42,13), todos são irmãos de Judá, mas não são todos filhos das mesmas mães.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Papa Francisco envia mensagem ao Congresso Internacional Laudato Si e Grandes Cidades

O II Congresso Internacional Laudato Si e Grandes Cidades foi aberto oficialmente na manhã desta quinta-feira, 13 de julho, no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória. O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, juntamente com o arcebispo emérito de Barcelona e presidente da Fundação Antoni Gaudi para as grandes cidades, Cardeal Lluís Martínez Sistach, e o representante do Ministério do Meio Ambiente e diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Grillo, participaram da mesa de abertura.
O Papa Francisco enviou uma mensagem a todos os participantes do Congresso recordando que na carta encíclica Laudato Si faz referência a várias necessidades físicas que o homem de hoje tem nas grandes cidades e que necessitam ser afrontadas com respeito, responsabilidade e relação. De acordo com o Santo Padre, são três "R" que ajudam atuar de forma conjunta diante dos imperativos mais essenciais de nossa convivência.
Refletindo sobre a água, as conferências da manhã foram presididas pelo arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Cláudio Hummes, e focaram a Laudato Si e Grandes Cidades; a qualidade e tratamento da água; e como obter água de alta qualidade em cidades em desenvolvimento.
Durante a tarde desta quinta, o Congresso apresentou a mesa redonda com líderes religiosos, que contou com a participação do Cardeal Orani João Tempesta, e do Rabino Abraham Skorka, sob a condução do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Miguel Serpa Pereira.
O II Congresso Internacional Laudato Si e Grandes Cidades acontece no auditório do edifício João Paulo II, Rua Benjamin Constante, 23, na Glória. A entrada é franca.

Mensagem do Papa Francisco aos conferencistas e participantes do II Congresso Internacional Laudato Si e Grandes Cidades

A sua Eminência o Cardeal Lluis Martínez Sistach
Arcebispo emérito de Barcelona

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Mais de 60% da população da América Latina continua a se declarar fiel à Igreja

Paraguai e Equador são os países com maior número de católicos no continente

Mesmo que o número de católicos tenha caído nos últimos anos, a América Latina continua sendo profundamente crente, com mais de 60% da população que se declara fiel da Igreja católica, embora nem todos na mesma medida.
Embora o número de católicos tenha caído no continente de 80% para 67% – de acordo com um informe do Latinobarómetro que foi divulgado no ano passado –, a realidade é que hoje mais da metade da população do continente continua sendo seguidora da Igreja de Roma liderada pelo Papa Francisco.
Isso é especialmente visível no Paraguai, que conta com 88% de fiéis, ou no Equador, com 81%. Ambos são os países com maior número de fiéis católicos, seguidos de perto por México e Venezuela, com 79%, embora outros estudos (como o do Centro de Pesquisa Pew, dos Estados Unidos) coloquem também nessa categoria a Colômbia. O caso do México merece uma menção à parte, pois ali o número de católicos não só não caiu nos últimos anos, mas teve um ligeiro aumento.
Embora 13% seja um número a ser reconhecido, a opinião majoritária dos especialistas é de interesse menor na América, que segue sendo hoje um dos feudos mais notáveis da religião católica.
O caso mais curioso talvez seja que a grande maioria daqueles que abandonam a Igreja católica não o fazem para virarem ateus ou agnósticos (algo que parece acontecer exclusivamente em dois países: Uruguai e Chile), mas que se convertem a outras religiões, na maioria dos casos à Igreja evangélica.
De fato, os protestantes cresceram na mesma proporção que o número de católicos diminuiu, sendo estes, além disso, mais praticantes e mais confiantes em sua instituição. No Brasil, por exemplo, já são a religião majoritária.
Curiosamente, a religião que não consegue ter entrada entre os latino-americanos é a que cresce com maior rapidez no mundo: o Islã. Calcula-se que em 2050 o número de muçulmanos tenha aumentado 73% no mundo, transformando-se na religião mais numerosa; enquanto isso, na América Latina tenha conquistado apenas 13% da população.
É muito notável nestes números a figura do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, pois muitos são os especialistas que consideram que o trabalho do Santo Padre argentino freou muito a perda de fiéis (tema que o preocupa, como ele mesmo reconhecia para nós) em todo o mundo. Suas ideias a favor de uma postura mais flexível da Igreja em questões como o matrimônio, a homossexualidade, o sacerdócio das mulheres, o divórcio ou a anticoncepção, estão em sintonia com esse público alvo contrário, em boa medida, à rigidez dogmática estabelecida tradicionalmente a partir do Vaticano.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/569484-mais-de-60-da-populacao-da-america-latina-continua-a-se-declarar-fiel-a-igreja

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Jovens: testemunhem publicamente sua fé!

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro

Estamos a caminho da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos no Vaticano, Roma, que terá como tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Assunto importante para o momento atual. Os jovens são chamados ao encontro com Cristo e a viver com alegria sua vocação, seu chamado, principalmente sendo testemunha de Cristo Ressuscitado.
A humanidade, em sua essência, possui dificuldade, em certos aspectos, de ouvir algo e colocá-lo em atitudes cotidianas. Isso se demonstra através de toda história do povo de Deus retratada na Bíblia. No Antigo Testamento, o cenário mostra um povo que ouve a Palavra de Deus, através dos profetas, mas, passado certo tempo, esquece tudo aquilo que lhe fora apresentado e volta a cometer os mesmos erros de outrora. Isso se deu durante o Antigo Testamento, quase que por completo; entretanto, com a vinda de Jesus Cristo, o Verbo se fez carne (Jo 1,14), e tudo aquilo que haviam ouvido até então é realizado em fatos concretos. Isso facilitou o entendimento do povo, que passou a executar a Palavra de Deus, e assim continua até a atualidade, com a Sua graça.
“Exorto-vos a levardes uma vida digna da vocação que recebestes” (Ef 4,1). Paulo dirige tal mensagem aos Efésios, povo da Ásia menor (atual Turquia), para que criem coragem e anunciem a sua fé em meio aquela terra. Recebemos, a cada dia, uma exortação para sermos testemunhas dessa fé que recebemos dos apóstolos e a vocação para sermos discípulos missionários. Vocação, do latim vocare, quer dizer chamado. Chamado esse a uma vida de conversão, a uma vida de total entrega a serviço dos irmãos. Assim como Jesus disse aos apóstolos, diz também a cada um de nós hoje: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). Somos todos missionários do Senhor, encarregados de pregar a todos os povos e nações.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Seminário jovem abordará a mulher como tema central

A quarta edição do Seminário da Juventude Inter-religiosa do Rio de Janeiro (JIRJ) será realizada na sede da Comunidade Emanuel, pertencente ao Mosteiro de São Bento, no Centro.
O grupo surgiu durante a Jornada Mundial da Juventude, e reúne jovens católicos, muçulmanos e judeus, pondo em prática o diálogo entre as religiões.
Com o tema: “A Mulher no judaísmo, cristianismo e islamismo”, o debate será feito em torno das três religiões monoteístas do mundo. “Nós vamos ter três abordagens, rodas de conversas entre os jovens para falar do que foi abordado e, logo após, um plenário”, disse o secretario da Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, diácono Nelson Águia.
Segundo o diácono Nelson, é muito importante que as religiões interajam entre si e conversem sobre os mais diversos assuntos. “Creio que esta será mais uma oportunidade para aprofundarmos o diálogo, a compreensão e o respeito entre os credos, principalmente entre as três religiões abraâmicas, que têm a mesma origem: no pai Abraão. As questões do feminismo, do aborto e do corpo da mulher são temas que estão em alta e que vêm sendo debatidos em vários fóruns. Desta forma, a participação garantirá o conhecimento do que as três religiões pensam e pregam sobre os assuntos”, falou.

Palestras
Cada segmento religioso contará com uma representante para expor os assuntos. Todas serão mulheres, por determinação dos próprios jovens.
A representante católica será a teóloga Maria Clara Bingemer, professora da PUC-Rio, que abordará as questões da mulher sobre a ótica cristã.
Da comunidade judaica, estará presente a ex-presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Sarita Schaffel. A comunidade muçulmana será representada por Jamila Hussein, do Departamento Feminino da Sociedade Beneficente Islâmica do Rio de Janeiro.

Como participar
A inscrição para o evento é totalmente gratuita. Basta preencher um cadastro online e comparecer.

A ficha está disponível no link https://goo.gl/2LLRxW.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/5913/seminario-jovem-abordara-a-mulher-como-tema-central

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Igreja quer ouvir os jovens: saiba como colaborar com o Sínodo dos Bispos de 2018

Em 2018, será realizada a XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. No processo de preparação, ocorre a fase de consulta, quando o povo de Deus pode enviar contribuições e respostas ao questionário disponibilizado pela Santa Sé. O bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Vilsom Basso, explica como os jovens brasileiros podem participar.
A fase de consulta foi aberta após a publicação do documento preparatório, em janeiro deste ano. Este processo levará à redação do instrumento de trabalho para a assembleia sinodal. Às conferências episcopais, coube a responsabilidade de receber as contribuições e respostas, compilar o material e enviar à Secretária do Sínodo. Aqui no Brasil, a CNBB disponibilizou desde janeiro o texto preparatório com o questionário.
Para dom Vilsom Basso, “é um tempo de graça, um kairós para toda a juventude, para toda a Igreja, um Sínodo dos Bispos sobre juventude”. Ele explica que estão à disposição dos jovens três maneiras de participar. Primeiro, respondendo ao questionário que já foi encaminhado a todas as dioceses do Brasil e enviando até o final de julho para a CNBB, para que seja feita uma síntese e enviada à Secretaria do Sínodo, no Vaticano – este material poderá ajudar na formulação de ações pastorais no âmbito brasileiro. Até 31 de julho, serão recebidas as respostas dos jovens pelo e-mailsynodos@cnbb.org.br