quarta-feira, 29 de maio de 2013

Jovens, amigos e missionários

“Parem o mundo que eu quero descer!”
            Esta frase que parece partir do fundo do coração de alguém desesperado foi escrita num muro de uma metrópole européia, no final dos anos 1960.
            Ela registrava a rebeldia de toda uma geração inconformada com os rumos da civilização autodenominada moderna. Os jovens daquelas décadas – 1950, 1960 e 1970 – sabiam muito bem o que não queriam mais viver. Eles foram filhos das décadas anteriores, nas quais as guerras tinham destruído cidades e famílias, tinham ceifado milhões de vidas humanas. Eles queriam parar esse mundo louco e que lhes oferecia, depois de tanta violência, somente uma civilização de avanços científicos e tecnológicos e não de progresso realmente humanitário.
            Faltava-lhes horizontes de vida, amplos e valiosos, que lhes daria segurança e esperança com relação ao futuro.
            A frase inicialmente citada neste artigo refletia perfeitamente o estado vital de ânimo e o sentimento de orfandade da juventude daquelas décadas, que se contentava com muito pouco, isto é, em ser apenas a juventude transviada, da paz e do amor, dos cabelos longos e roupas desalinhadas, numa palavra: ser “hippies”.
            Os dois verbos – parar e descer – serviam para justificar as revoluções, muitas delas vividas com a violência costumeira daqueles anos de inconformismos e insatisfações, mas não ajudavam a construir uma nova sociedade com outros verbos mais humanitários, tais como os verbos amar, compartilhar, perdoar e servir.
            Foram passando outras décadas – 1980 e 1990 – e o século 21 – o Terceiro Milênio da era cristã – chegou e vieram outras gerações de jovens, que foram entrando no cenário mundial como os novos protagonistas da história do mundo e da Igreja.
            As gerações X, Y e Z – assim batizadas por causa da familiaridade que têm com as tecnologias avançadas – hoje sabem muito bem o que querem. Não tem dúvidas sobre o que é essencial nas suas vidas e quais são os verbos que querem conjugar no tempo presente e no futuro.
            Sabem que o essencial na vida é Deus, seus projetos e os seus valores inegociáveis. Para os jovens do final do século 20 e início dos anos 2000, existem alguns pontos de encontro com o Criador do mundo e com seu Filho, o Cristo Redentor da humanidade, como são a família, a ética nos relacionamentos, os valores que solucionam os problemas do mundo – a vida, a fé, o casamento entre o homem e a mulher, a honestidade, a solidariedade e o voluntariado, a Verdade - , e eles não querem abrir mão dessa herança recebida de Deus.
            Esses jovens sabem, portanto, muito bem o que querem viver hoje e amanhã. Querem viver a religião, mas não uma religião superficial, de emoções e de “curas”, nem só de proibições e deveres periódicos, mas uma religião que é apresentada como “a maior rebelião do homem que não quer viver como um animal, que não se conforma – que não sossega – sem conhecer o Criador e privar com Ele” (cf. S. Josemaria, entrevista, 5.X.1967).

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Começa peregrinação dos símbolos pela Arquidiocese de Niterói

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude iniciaram nesta segunda-feira, 20 de maio a peregrinação pela Arquidiocese de Niterói. Pelos próximos 15 dias, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora visitarão as paróquias, escolas e instituições da Arquidiocese, que é subdividida em cinco Vicariatos (Niterói, Alcântara, Rural, Lagos e São Gonçalo). Após o Bote Fé, evento que acolheu os símbolos na arquidiocese, os símbolos foram levados para o Santuário das Almas, onde permaneceu em vigília até a manhã da segunda-feira. Após celebração eucarística, a Cruz e o ícone começaram a peregrinação.
— A passagem dos símbolos, que vêm como preparação para a JMJ, também é conforto e consolo, especialmente para aqueles que sofrem, para que tenham sempre aquela certeza de que, diante das dificuldades, dos problemas, temos a certeza do carinho e da presença de Jesus e podemos contar com a proteção materna de Maria. Acredito que todos esses dias, em que a cruz e o ícone estarão conosco, serão dias de graças, de bênçãos para o nosso povo, declarou o arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende. 
O primeiro Vicariato a receber os símbolos foi o de Niterói. A Cruz e o ícone de Nossa Senhora foram levados ao Instituto Abel para um encontro com os jovens dos colégios católicos de Niterói. Cerca de 300 alunos de seis instituições de ensino participaram do momento, que teve apresentações artísticas e momento de oração. Em seguida, os símbolos foram levados para a Catedral São João Batista, onde Dom José Francisco celebrou a santa missa.
À tarde, os símbolos foram conduzidos para o presídio Alameda São Boa Ventura, onde aconteceu um encontro com os detentos. Cerca de 40 detentos puderam sair da cela e se aproximar dos símbolos. Um momento de oração, louvor e testemunho foi organizado no local pela Pastoral Carcerária da Arquidiocese.  
— Eles tinham o desejo, a vontade de carregar os símbolos da JMJ. Quando chegamos, eles tomaram os símbolos sobre os ombros e levaram para a capela que tem dentro do presídio, que eles mesmos construíram. Na ocasião, eles rezaram pelos familiares e filhos que estão aqui fora, pediram por força e para se manterem na fé, deram muitos testemunhos bonitos de fé. Um dos detentos, inclusive, tem um filho sacerdote e deu esse testemunho. Quando ele viu que a cruz tinha uma mensagem do papa João Paulo II, que ordenou o filho, foi uma emoção muito grande. Foi um dia diferente pra eles e para nós, relatou padre Rafael Costa, um dos responsáveis pela Jornada Mundial da Juventude na Arquidiocese de Niterói.
No fim da tarde, os símbolos foram conduzidos à Paróquia de Santo Cristo dos Milagres, onde os jovens aguardavam com ansiedade a visita. “É emocionante acolher os símbolos da JMJ, que são símbolos dados pelo papa João Paulo II para a Juventude para ser sinal definitivo do amor e da salvação que Jesus dá para todos nós. Fico feliz em poder ver e tocar esses símbolos, em ver a Cruz e o ícone de Nossa Senhora indo ao encontro da juventude.”, afirmou o estudante Rafael Barros, de 18 anos. Após um momento de louvor e veneração dos símbolos, eles foram conduzidos ao Morro do Bumba, onde o arcebispo de Niterói celebrou uma missa campal.
Padre Rafael disse que a passagem dos símbolos, que vão ao encontro dos jovens e dos mais necessitados, mostra a presença de Deus no meio do povo.
— Os símbolos estão carregados de significados, dessa presença de Deus. A pessoa que se encontra com eles se encontra com Deus. Isso dá uma esperança de que Deus está do nosso lado, Deus vem nos visitar, Ele olha por nós. Não há como não dizer que esses símbolos estão carregados do amor de Deus e da presença de Deus, disse.
O primeiro dia de peregrinação terminou no Seminário São José de Niterói, onde os seminaristas passaram a noite em vigília com os símbolos da JMJ. Nesta terça-feira, 21, os símbolos foram levados para o Vicariato Alcântara.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Os jovens e o Dia Mundial das Comunicações

Por Dom Orani João Tempesta, O. Cist.

Comemoramos 50 anos do Concílio Vaticano II. Um dos dois primeiros documentos publicados por ele foi justamente sobre as comunicações: “Inter Mirifica”. Um decreto curto, mas que abriu o caminho para muitos outros documentos importantes sobre o tema na Igreja e, principalmente, colocou a comunicação como um assunto importante para a evangelização. Foi esse documento que criou o Dia Mundial das Comunicações, que começou a ser celebrado há 47 anos com o Papa Paulo VI.
Neste domingo da Ascensão do Senhor no Brasil, quando escutamos o mandato missionário para sermos testemunhas do Ressuscitado até os confins do mundo, conduzidos pelo Espírito Santo, sentimos como é importante o tema da comunicação entre nós, especialmente quando estamos há pouco mais de dois meses da realização da Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro, que tem justamente por tema o “fazer discípulos entre todos os povos”, com o mesmo mandamento do “Ide”.
O tema deste ano, o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, é “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. Foi anunciado na festa dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, em 29 de setembro passado. Sua mensagem foi publicada no Dia do Jornalista, em 24 de janeiro deste ano, memória de São Francisco de Sales, pelo Papa Bento XVI.
O texto recorda que as redes sociais são importantes portais de verdade e de fé. Isso nos faz lembrar que, em sua mensagem para a Jornada Mundial da Juventude, o Santo Padre também recordou a importância do jovem saber utilizar bem as redes sociais como espaços de evangelização.
Nestes dias, em que estamos na alegre expectativa da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, e alguns dias após a publicação da agenda oficial do Papa Francisco aqui no Brasil, poder meditar e aprofundar a importância da comunicação é fundamental.
Hoje é impossível não perceber o valor e a centralidade que os meios de comunicação social conquistaram em nossa sociedade, sobretudo quando associados à globalização. A Igreja tem acompanhado com uma boa proximidade o desenvolvimento da mídia em nosso tempo, especialmente com a publicação de belos e importantes documentos.
Para a Igreja, que neste Ano da Fé esforça-se no objetivo de enfatizar a importância da fé como dom sobrenatural, por meio do qual nos comunicamos de maneira interpessoal com Deus, é imprescindível uma justa reflexão acerca de dois pontos fundamentais, por meio dos quais a vivência da fé é destacada em nossa sociedade: a juventude e os meios de comunicação. Daí vem o tema escolhido pelo Papa, que vê nas redes sociais oportunidade de ser portal da fé, da verdade e espaço de evangelização.
A juventude possui uma devida centralidade pelo fato de nela concentrarem-se as esperanças da Igreja em um mundo melhor, onde os valores cristãos sejam fundamental e espontaneamente vivenciados e haja uma cultura sempre baseada na revelação do amor de Deus, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para salvar a humanidade. Os nossos jovens, por isso, são o retrato da nossa sociedade que se constrói para o amanhã novo, e essa certeza faz com que confiemos a eles a missão de serem discípulos e missionários da nova evangelização que queremos realizar.
Os meios de comunicação social, conectando milhões de pessoas nos quatros cantos da face da Terra, são capazes de promover e levar a cabo a mensagem cristã, de maneira a alcançar um sempre crescente número de pessoas a quem tal mensagem toque, sensibilize e permita a Cristo chegar ao interior dos seus corações. Por isso, o interesse da Igreja pelos meios de comunicação social sempre possuiu um particular relevo, seja quando ilumina com as orientações éticas, seja quando os utiliza para anunciar a vida em Cristo. Por meio dessas maravilhosas invenções técnicas pode-se contribuir para a comunicação global e para que diversas necessidades humanas sejam sanadas, e pode-se, sobretudo, contribuir para a necessidade do homem de ir ao encontro com Deus.
Desta forma, como pastores da Igreja, temos diante de nossos olhos a necessidade de aproximar a juventude cristã e os meios de comunicação social, fazendo deles os instrumentos mais eficazes possíveis na missão de alavancar a propagação da fé, na perspectiva de uma autêntica e nova evangelização, como bem recorda o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações.
Porém, o grande segredo para que os meios de comunicação sejam bem utilizados e sirvam para anunciar a vida, a verdade e a fé supõe que a pessoa que o utiliza seja alguém bem formado e orientado como cristão, com suas convicções claras.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Canal "Você na JMJ"

Chega mais uma novidade para o site oficial da Jornada Mundial da Juventude, o canal “Você na JMJ”, que entra no ar trazendo muitos depoimentos de peregrinos. Lá você encontrará testemunhos de pessoas que já experimentaram a alegria de uma Jornada Mundial, a expectativa de todos que estão se preparando para o evento, como estão se preparando para arrecadar dinheiro para virem ao Rio de Janeiro, entre muitas outras histórias, todas acompanhadas de fotos ou vídeos.
Nós fazemos um convite para que você também compartilhe no canal “Você na JMJ” como está sua preparação. O canal está traduzido em sete línguas: português, inglês, espanhol, francês, polonês, italiano e alemão. É importante colocar o nome, cidade, paróquia ou grupo que participa, para melhor identificação dos leitores.
Participe dessa integração e poste uma foto com seus amigos, sua paróquia, seu grupo jovem, sua família, ou até mesmo sozinho, mas mostrando o seu amor pela JMJ. No site há vários exemplos nas postagens que já estão disponíveis. Você vai se emocionar com testemunhos de fé e coragem, vai se divertir com a criatividade de muitos peregrinos, se surpreender como a fé é capaz de unir e dar força para que a Jornada aconteça.
A Jornada Mundial da Juventude acontece primeiro dentro do coração de cada um, na vontade de participar e estar presente nesse encontro tão esperado. Conte-nos sua história e mostre para o mundo o que está sentindo e fazendo pela JMJ. Os jovens são os protagonistas desse grande encontro de fé.
“Estamos focados em trabalhos em prol da Jornada Mundial, arrecadando fundos através de rifas, vendas, barraquinhas nas festas dos padroeiros. Tudo isso para patrocinar a viagem daqueles que não tem condição financeira de irem para o Rio de Janeiro. Estamos esperançosos com a JMJ, queremos ir e nos abastecer dessa espiritualidade e trazer para os demais”, escreveu Diego Silva Viana, de Pedro Leopoldo, em Belo Horizonte, Minas Gerais.



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Trilha da JMJ na Floresta da Tijuca

A Floresta da Tijuca é um dos cenários para mais uma dentre as atividades oficias da JMJ Rio 2013: a trilha ecológica. Entre as nove trilhas que acontecerão no Rio de Janeiro, de 22 a 26 de julho, os escoteiros do Brasil ajudarão os peregrinos a conhecerem as belezas naturais de uma das maiores florestas urbanos do mundo.
A floresta faz parte do Parque Nacional da Tijuca, que é composta por outros três setores como Unidade de Conservação Ambiental: Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca. Com seus 3.953 hectares de área, o parque é um fragmento do bioma da Mata Atlântica e parte integrante da Reserva da Biosfera no Rio de Janeiro. Criado em 6 de julho de 1961, é atualmente o parque nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 2 milhões de visitantes por ano.
A Floresta da Tijuca possui recantos e atrativos históricos que merecem ser visitados, como: a Cascatinha, a Capela Mayrink, o Mirante Excelsior, o Barracão, a Gruta Paulo e Virgínia, o Lago das Fadas, a Vista Chinesa e o Açude da Solidão, pontos frequentados por famílias inteiras nos fins de semana.

Segurança
A segurança do Parque Nacional da Tijuca é feita por empresa particular, contratada mediante licitação, e efetivos da Guarda Municipal e da Polícia Militar, que se dividem em rondas a pé e de carro, de maneira a cobrir toda a extensão da unidade. O trabalho em conjunto dessas equipes fazem do parque um dos locais de visitação mais seguros da cidade.

Treinamento para a JMJ Rio2013
No dia 5 de maio, domingo, a organização das trilhas ecológicas para a JMJ Rio2013 esteve em treinamento na Floresta da Tijuca. Voluntários e colaboradores do Comitê Organizador Local (COL) foram convidados para participar da trilha, guiados pelos Escoteiros do Brasil. Durante o caminho, os aventureiros puderam contemplar a Deus na natureza e aproveitar para vivenciar momentos de união e partilha com amigos e familiares.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Relíquia de João Paulo II presente na JMJ Rio2013

Uma relíquia do beato João Paulo II estará presente nos Atos Centrais da JMJ Rio2013. Parte do sangue do idealizador das Jornadas Mundiais da Juventude está guardada em uma ampola, num livro prata, em um relicário próprio, e estará disponível para a veneração dos fiéis como aconteceu na JMJ de 2011, em Madri, na Espanha.
O presidente da Fundação João Paulo II, Marcello Bedeschi, veio de Roma para se reunir com o Comitê Organizador Local (COL) e organizar a exposição oficial da relíquia de primeiro grau. Segundo um dos diretores do Setor de Preparação Pastoral do COL, Padre Arnaldo Rodrigues, a relíquia estará no Rio de 7 de julho a 13 de outubro e, durante a JMJ Rio2013, vai participar dos atos centrais e de algumas atividades específicas, como catequeses. “Ela ficará exposta para veneração na Catedral do Rio de Janeiro. Estamos também preparando um trabalho pastoral pós-jornada para aproveitar a presença da relíquia aqui”, completou Pe. Arnaldo.

Mas o que são relíquias e qual o seu valor na Igreja?
Padre Arnaldo explicou que toda relíquia proporciona ao devoto um contato maior com o santo ou beato de devoção pessoal e auxilia no caminho de fé. “Uma relíquia nos ajuda porque mostra a nossa ligação com a Igreja aqui na terra que caminha com a Igreja celeste, formada por aqueles que já foram para junto do Pai”, destacou o sacerdote.
As relíquias são divididas em três graus de classificação. As relíquias de primeiro grau, como as de João Paulo II que visitarão o Rio, são formadas a partir de partes do corpo da pessoa de devoção, como cabelo, sangue, osso, etc. As de segundo grau vêm dos objetos pessoais do santo ou beato, como sua roupa, seu cajado, seu rosário, etc. Uma relíquia de terceiro grau pode ser qualquer objeto que tenha sido tocado por uma relíquia de primeiro grau ou pelo próprio santo. “Quanto mais próximo do santo, maior o grau da relíquia”, afirmou Padre Arnaldo.

Presença de outras relíquias na JMJ Rio2013
O Setor de Preparação Pastoral do COL está trabalhando para trazer outras relíquias de patronos e intercessores da JMJ Rio2013. Já foi concedida a autorização necessária para trazer o corpo do beato Pier Giorgio Frassati. Já estão a caminho os processos para pedir relíquias de Santa Teresa de Lisieux, beata Ciara Luce Badano, beato Frederico Ozanam e do brasileiro Santo Antônio de Santana Galvão.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Carta aos párocos do mês de Maio

Brasília, 01 de maio de 2013.
CJ – Nº 0211/13

Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.

“De agora em diante, juntamente com a Cruz, este Ícone de Maria acompanhará
as Jornadas Mundiais da Juventude. Será sinal da presença materna de Maria junto aos jovens, chamados, como o Apóstolo São João, a acolhê-la em sua vida” (João Paulo II, 13/04/2003) 

Com estas palavras acima recordamos o significativo gesto de nosso Papa que, há exatamente dez anos, presenteou-nos com o Ícone de Nossa Senhora para percorrer, aos pés da Cruz, os inúmeros corações jovens espalhados pelo mundo. Não há o Filho sem a Mãe, nem a Mãe sem o Filho! Por onde o Filho passa a Mãe se faz presente; por onde a Mãe é invocada o Filho é anunciado!
No final do mês passado, a Cruz e o Ícone foram entregues ao último Estado pelo qual irão passar nesta reta final em vista da tão esperada JMJ Rio 2013. E isto aconteceu aos pés de Nossa Senhora, sob suas bênçãos, em seu Santuário de Aparecida. Com grandes expectativas, ansiedades, alegrias e preocupações, nada melhor do que o coração da Mãe para nos orientar e acalmar.
Neste “Ano da Juventude” contemplamos o Mês de Maio em sua riqueza de comemorações, todas elas instrumentos privilegiados para a evangelização da juventude. Como temos apresentado Maria aos jovens e os jovens a Maria? Esta aproximação e intimidade encontram seu espaço privilegiado na vida da Comunidade, com suas inúmeras atividades e celebrações.
            Falou de “mãe”, falou de família! Maio se inicia com a festa de São José (1), o pai adotivo de Jesus, e se encerra com a festa da Visitação de Nossa Senhora (31). O “Dia das Mães” (12) e as festas de N. Sra. de Fátima (13) e de N. Sra. Auxiliadora (24) nos remetem ao amor incondicional a que somos chamados a experimentar, testemunhar e anunciar. Estas duas memórias marianas nos falam do cuidado com os pequeninos e indefesos: Maria apareceu aos pastorzinhos em Fátima; a devoção à Auxiliadora foi propagada por Dom Bosco para que as crianças e os jovens, principalmente os abandonados, fizessem a experiência primordial de serem amados por uma Mãe que jamais os deixaria.
Quantos adolescentes e jovens de nossa sociedade e Igreja sofrem uma carência afetiva, aguardando o nosso aconchego! A dimensão materna em nossas relações e ações é primordial para a formação integral destes pequeninos. Não basta amar os jovens; é preciso que eles percebam que são amados! Um amor feito de presença, palavras, orações, serviço, testemunho! Um amor educativo e evangelizador nos meios das novas gerações. Um amor materno que se incomoda com a fome e as dores físicas e espirituais de seus filhos! Um amor que não mede esforços para resgatar vidas, defender o valor da família, combater as drogas e a morte, gritar contra o aborto e toda forma de extermínio! Um amor que não se conforma com a violência aos jovens em nosso país… inclusive ao redor de nossas paróquias! Um amor que não aceita a ideologia da redução da maioridade penal como pretexto para se diminuir a violência numa sociedade ainda injusta que, ao condenar os menores infratores e não oferecer propostas educativas realmente restauradoras, não se lembra que eles são, antes de tudo, seus filhos… seus frutos!