Os
símbolos da Jornada Mundial da Juventude iniciaram nesta segunda-feira, 20
de maio a peregrinação pela Arquidiocese de Niterói. Pelos próximos 15 dias, a
Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora visitarão as paróquias, escolas e
instituições da Arquidiocese, que é subdividida em cinco
Vicariatos (Niterói, Alcântara, Rural, Lagos e São Gonçalo). Após o Bote
Fé, evento que acolheu os símbolos na arquidiocese, os símbolos foram levados
para o Santuário das Almas, onde permaneceu em vigília até a manhã da segunda-feira.
Após celebração eucarística, a Cruz e o ícone começaram a peregrinação.
— A
passagem dos símbolos, que vêm como preparação para a JMJ, também é conforto e
consolo, especialmente para aqueles que sofrem, para que tenham sempre aquela
certeza de que, diante das dificuldades, dos problemas, temos a certeza do
carinho e da presença de Jesus e podemos contar com a proteção materna de
Maria. Acredito que todos esses dias, em que a cruz e o ícone estarão conosco,
serão dias de graças, de bênçãos para o nosso povo, declarou o arcebispo de
Niterói, Dom José Francisco Rezende.
O primeiro
Vicariato a receber os símbolos foi o de Niterói. A Cruz e o ícone de Nossa
Senhora foram levados ao Instituto Abel para um encontro com os jovens dos
colégios católicos de Niterói. Cerca de 300 alunos de seis instituições de
ensino participaram do momento, que teve apresentações artísticas e momento de
oração. Em seguida, os símbolos foram levados para a Catedral São João Batista,
onde Dom José Francisco celebrou a santa missa.
À tarde,
os símbolos foram conduzidos para o presídio Alameda São Boa Ventura, onde
aconteceu um encontro com os detentos. Cerca de 40 detentos puderam sair da
cela e se aproximar dos símbolos. Um momento de oração, louvor e testemunho foi
organizado no local pela Pastoral Carcerária da Arquidiocese.
— Eles
tinham o desejo, a vontade de carregar os símbolos da JMJ. Quando chegamos,
eles tomaram os símbolos sobre os ombros e levaram para a capela que tem dentro
do presídio, que eles mesmos construíram. Na ocasião, eles rezaram pelos
familiares e filhos que estão aqui fora, pediram por força e para se manterem
na fé, deram muitos testemunhos bonitos de fé. Um dos detentos, inclusive, tem
um filho sacerdote e deu esse testemunho. Quando ele viu que a cruz tinha uma
mensagem do papa João Paulo II, que ordenou o filho, foi uma emoção muito
grande. Foi um dia diferente pra eles e para nós, relatou padre Rafael Costa,
um dos responsáveis pela Jornada Mundial da Juventude na Arquidiocese de
Niterói.
No fim da
tarde, os símbolos foram conduzidos à Paróquia de Santo Cristo dos Milagres,
onde os jovens aguardavam com ansiedade a visita. “É emocionante acolher os
símbolos da JMJ, que são símbolos dados pelo papa João Paulo II para a
Juventude para ser sinal definitivo do amor e da salvação que Jesus dá para
todos nós. Fico feliz em poder ver e tocar esses símbolos, em ver a Cruz e o
ícone de Nossa Senhora indo ao encontro da juventude.”, afirmou o estudante
Rafael Barros, de 18 anos. Após um momento de louvor e veneração dos símbolos, eles
foram conduzidos ao Morro do Bumba, onde o arcebispo de Niterói celebrou uma
missa campal.
Padre Rafael disse que a passagem
dos símbolos, que vão ao encontro dos jovens e dos mais necessitados, mostra a
presença de Deus no meio do povo.
— Os
símbolos estão carregados de significados, dessa presença de Deus. A pessoa que
se encontra com eles se encontra com Deus. Isso dá uma esperança de que Deus
está do nosso lado, Deus vem nos visitar, Ele olha por nós. Não há como não
dizer que esses símbolos estão carregados do amor de Deus e da presença de
Deus, disse.
O primeiro
dia de peregrinação terminou no Seminário São José de Niterói, onde os
seminaristas passaram a noite em vigília com os símbolos da JMJ. Nesta
terça-feira, 21, os símbolos foram levados para o Vicariato Alcântara.
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