Parte 2
III. Catequese e catecumenato
O catecumenato permanece, no entender e na vontade da Igreja, o modelo inspirador perene de toda ação catequética. Pois a autenticidade da ação eclesial depende da fidelidade às Escrituras e às fontes da Tradição apostólica. As reformas litúrgicas havidas na história da Igreja – incluindo certamente a realizada pelo II Concílio Vaticano – sempre se pautaram pela fidelidade a esse duplo critério. Ora, a Igreja entende que a Tradição apostólica encontra sua expressão doutrinária e celebrativa mais pujante e autêntica na liturgia cristã dos primeiros séculos, toda originada e construída em torno e em função do Mistério Pascal.
IV. Catecumenato hoje
Hoje, mais do que nunca, os cristãos têm necessidade de confrontar-se com o específico da sua identidade, indo haurir às fontes da mesma. Essa é a condição para toda autêntica renovação, que é, ao mesmo tempo, revigoramento e fidelidade à essência da coisa a ser renovada.
Por isso, a Igreja insiste na revalorização das fontes cristãs e na sábia utilização deste tesouro perene no contexto do mundo atual.
Portanto, os que não receberam o Batismo já tendo atingido a idade da razão, têm o direito (salvo justificadas exceções) de receber da Igreja uma preparação dentro dos moldes do catecumenato. Quanto aos que se preparam para receber separadamente os outros sacramentos da iniciação, é desejável que a preparação dos mesmos leve em conta toda a riqueza de método e conteúdo do programa catecumenal, de modo a proporcionar-lhes um contato frutuoso com o que de melhor e de mais sólido se lhes pode oferecer.
(Pe. Sérgio Cavalcanti Muniz)