O Ano da Esperança, vivenciado por toda a
Arquidiocese do Rio de Janeiro em 2015, teve como gesto concreto a missão
popular. Porém, a missionariedade, que jamais se encerra, terá continuidade
durante o Ano da Misericórdia. Por isso, o Conselho Missionário Arquidiocesano
(Comidi) realizará, no dia 7 de maio, na Catedral, uma formação para os
Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas), das 8h às 12h.
De acordo com o coordenador arquidiocesano da
dimensão missionária, padre Licinho Cohen Couto, houve um crescimento na
consciência missionária, mas também existe a necessidade de criar e dar
estrutura às Comipas.
“Retornamos às atividades com muita alegria.
O ano de 2015 foi muito efetivo, houve um envolvimento das paróquias de maneira
que nos deixou muito contentes e sentimos, assim, o crescimento da consciência
missionária. Agora, o grande passo que daremos será aproveitar toda essa
motivação e o trabalho que foi feito para continuar através da criação e
formação de Comipas. Desde a primeira reunião de 2016, estamos preparando esse
encontro de formação porque é algo fundamental”, afirmou o padre.
O conselho missionário tem várias instâncias,
a primeira delas é o Conselho Missionário Nacional (Comina), cuja função é
animar as pessoas para o trabalho missionário, dar formação e estruturas. A
nível regional, a Arquidiocese do Rio compõe o Conselho Missionário Regional
Leste 1 (Comire Leste 1), tendo o bispo auxiliar Dom Paulo Cezar Costa como
animador. Em seguida, o Conselho Missionário Diocesano (Comidi) e depois os
conselhos missionários Vicarial e Paroquial, no qual o pároco é o responsável
pela comissão.
Padre Licinho destacou que se faz necessário
o envolvimento de todos os movimentos e pastorais. Ele ainda ressaltou que é
preciso ultrapassar as pastorais mais conservadoras para dar continuidade à
missão e que é fundamental que os leigos assumam o compromisso missionário.
“Queremos mostrar que os conselhos não são
pastorais, mas querem envolver todas as forças na esfera em que trabalham.
Queremos ter um representante das pastorais, justamente porque a missão é para
todos. Desejamos que os movimentos se envolvam com o nosso trabalho e que nós
também estejamos comprometidos com os deles, no sentido de que tudo deve ser
missionário. Quando o Papa Francisco declarou que desejava uma Igreja em saída,
ele quer mostrar que a Igreja somos todos nós. Temos as dificuldades, também
por conta das pastorais de conservação, mas percebemos que o mundo atual clama
com sede de Deus, e não podemos ficar com os olhos e ouvidos fechados para essa
realidade. Queremos que cada vez mais o leigo assuma esse protagonismo da
missão”, sublinhou.
Padre Licinho ainda acrescentou que, geralmente,
os padres e os bispos recebem as funções de animadores, como aqueles que vão
incentivar e deixar com que os leigos possam assumir também os trabalhos. O
pároco pode ser o presidente, como aquele que está à frente, mas também delegar
funções.
“A Conferência de Aparecida foi muito clara,
enfática e muito feliz quando alertou que todo o batizado é um discípulo
missionário. Então, as funções, os encargos, os ministérios, eles variam, mas
nenhum tem a mesma importância dentro do aspecto missionário. Então, quando o
documento nos deu a clareza dessa responsabilidade, vimos frutos maravilhosos”,
acrescentou o padre.
De acordo com o padre, muitos missionários
também se preparam para viver uma nova missão durante a Jornada Mundial da
Juventude, que vai acontecer na cidade polonesa de Cracóvia, em julho deste
ano.
“Estamos nos preparando com todo entusiasmo
para a missão em Cracóvia, durante a Jornada Mundial da Juventude. Vários
missionários estão se organizando e a gente quer entrar nesse espírito eclesial,
nessa festa com a juventude. Estamos bem empolgados e com o espírito de que nós
já recebemos o missionário maior, o Papa Francisco, aqui no Rio. Agora a gente
quer de novo fazer essa experiência, mas de uma maneira nova, vamos levar esse
espírito que o brasileiro tem de confraternização e alegria”, concluiu.
Fonte:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/4304/todo-o-batizado-e-um-discipulo-missionario
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