quinta-feira, 22 de março de 2018

JDJ no ano do Sínodo da Juventude

Caroline Gomes saiu do Brasil aos 20 anos, em 2011, para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri. Nessa época, ainda era coordenadora do Grupo Jovem da paróquia que frequentava, Jesus Sacramentado, na Penha Circular. Dormiu na rua. A temperatura era de 15°C. Apesar desse perrengue, ela garantiu que viver a JMJ em outro país, fazendo, de fato, a ‘jornada’, foi uma experiência única de encontro com Deus, que norteia todas as suas atividades hoje.
Foi com uma nova percepção de ‘paróquia’ e ‘Igreja’, gerada pela JMJ de Madri, que ela começou a atuar no Setor Juventude, em 2013, e a participar da organização da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), a dimensão local da JMJ. Este ano, o evento será no dia 24 de março, um dia antes do Domingo de Ramos, conforme a tradição.
A concentração será às 13h, na estação do Metrô do Estácio. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, dará a bênção dos ramos, às 15h, e, em seguida, os jovens seguirão em procissão até a matriz da Paróquia São Francisco Xavier, na Tijuca, onde Dom Orani presidirá Santa Missa, às 16h.
A Igreja do Brasil celebra a dimensão diocesana da Jornada no Domingo de Ramos. Na Arquidiocese do Rio, o dia anterior foi escolhido para a festa. O objetivo é permitir que os jovens se reúnam com sua comunidade paroquial no domingo que dá início à Semana Santa.
O tema da JDJ este ano, “Não tema, porque encontraste graça diante de Deus” (Lc 1,30), foi proposto pelo Papa Francisco: ele pediu que, no triênio de 2017 a 2019, fossem recordadas as “Bem-aventuranças” nas JMJs.
O tema de 2017 foi “O Poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1,49), e o de 2019 será “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). “A alusão ao ‘sim’ de Maria a Deus, quando ela era ainda jovem, nos inspira a tomarmos as decisões que precisamos em nossa vida, de maneira racional, como ela o fez”, apontou o assistente eclesiástico do Setor Juventude, padre Jorge Carreira.

JDJ
A JDJ teve início junto com a JMJ, em 1985, por iniciativa do Papa João Paulo II. O objetivo do evento, segundo o subsídio deste ano, é “fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem, para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações’”.
A Jornada diocesana dá início a um período de preparação espiritual para a JMJ, que passa também pela celebração do Dia Nacional da Juventude (DNJ), em outubro. A próxima celebração da JMJ em unidade será de 22 a 27 de janeiro de 2019, no Panamá.
“A presença contínua da graça divina encoraja-nos a abraçar, com confiança, a nossa vocação, que exige um compromisso de fidelidade que se deve renovar todos os dias. Com efeito, a senda da vocação não está desprovida de cruzes: não só as dúvidas iniciais, mas também as tentações frequentes que se encontram ao longo do caminho. O sentimento de inadequação acompanha o discípulo de Cristo até o fim, mas ele sabe que é assistido pela graça de Deus”, afirmou o Papa Francisco em seu documento para esta, que será a 33ª Jornada da Juventude, celebrada por todo o mundo.


Sínodo da Juventude
Em outubro deste ano, acontecerá a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, que este ano terá como tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Em preparação, o Papa Francisco se reunirá com 300 jovens de todo o mundo, de diferentes religiões e os não crentes, de 19 a 24 de março, no Vaticano, para tratar das propostas do Sínodo.
“O que sabemos até agora, devido às respostas dos jovens ao questionário proposto pelo Papa em preparação para o Sínodo, é que o jovem anseia pelo apoio da Igreja, o ânimo dos pastores e o protagonismo. Mas conclusões mais profundas só poderão ser tiradas depois da assembleia”, afirmou padre Jorge.
No entanto, segundo ele, a juventude do Rio é atuante nas paróquias, protagonista e à frente do seu tempo, e luta em favor da santidade e contra o pecado.
“É uma juventude muito batalhadora, que trabalha e estuda. E embora tenha muitas marcas de questões familiares não resolvidas, busca em Deus uma resposta e procura participar, cada vez mais, dos sacramentos”, disse.

Setor Juventude
O Setor Juventude é, segundo Caroline, um espaço em que todas as expressões – grupos – católicas voltadas à juventude se reúnem para dialogar e trabalhar as propostas da arquidiocese. Além da JDJ, organiza a celebração do Dia Nacional da Juventude (DNJ), em outubro, e atividades como a Hora Santa da Juventude.
Para Caroline, que coordena o setor desde 2015, a JDJ é um dia em que a juventude carioca se une e se torna uma com a Igreja do mundo e com o Papa. É ainda um momento propício para a evangelização, e uma forma de levar a alegria àqueles que precisam através dos cânticos entoados pelos jovens nas ruas.
O setor conta com a atuação de cerca de 30 jovens, oriundos de movimentos, pastorais, e grupos voltados à juventude.
Caroline, atualmente, devido às atividades que desenvolve na arquidiocese, não tem mais tempo de desenvolver um trabalho pastoral em sua paróquia de origem. “Mas frequento sempre as missas lá”, garantiu.

Informações
O subsídio da JDJ 2018 e demais informações sobre esse e outros eventos podem ser encontrados no site https://jovensconectados.org.br.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/6544/jdj-no-ano-do-sinodo-da-juventude

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