“A educação com horizontes abertos à
transcendência ajuda os jovens a sonhar e a construir um mundo mais bonito.
#IYD2019”.
Com um tuíte, o Papa Francisco recorda neste
dia 12 de agosto o Dia Internacional da Juventude.
A data foi instituída pela Assembleia Geral
das Nações Unidas em 1999, 20 anos atrás, com a finalidade de promover o papel
dos jovens como parceiros essenciais nos processos de transformação e gerar um
espaço para a conscientização sobre os desafios e problemas que a juventude
enfrenta.
O tema deste ano é “transformando a
educação”, inspirado no Objetivo número 4 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável: “garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e
promover oportunidades de aprendizagem no decorrer da vida para todos”.
Atualmente, existem no mundo um bilhão e 800
mil jovens entre 10 e 24 anos. Trata-se da maior população juvenil da história.
Todavia, mais da metade das crianças entre 6 e 14 anos não sabe ler nem tem
conhecimento básico de matemática, embora a maioria frequente a escola.
Crise de aprendizagem
Em mensagem para a ocasião, o
Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirma que “estamos
diante de uma crise de aprendizagem. Com demasiada frequência, as escolas não
estão preparando os jovens para fazer frente à revolução tecnológica. Os
estudantes não somente necessitam aprender, mas também aprender a aprender”.
Para o português, a educação deve conjugar o
conhecimento, a preparação para a vida e o pensamento crítico.
Já o tuíte do Pontífice ressalta a abertura à
transcendência como elemento fundamental na educação.
Em seus inúmeros pronunciamentos sobre o
tema, o Papa Francisco destaca também a importância do “acolhimento da
diversidade” e que as diferenças devem ser consideradas como “desafios, mas
desafios positivos, não problemas”. O desafio educativo, segundo Bergoglio,
está ligado “ao desafio antropológico”.
Outro tema presente nos pilares educativos do
Papa é “a inquietação entendida como motor de educação”. Por isso “o apelo aos
educadores para que sejam audaciosos e criativos” e para que nunca se tornem
“funcionários fundamentalistas ligados à rigidez de planificações”. Enfim, para
Francisco “a educação não é uma técnica, mas uma fecundidade generativa”, “a
educação é um fato familiar que implica a relação entre as gerações e a
narração de uma experiência”.
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