segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Papa: jovens sejam educados à transcendência

“A educação com horizontes abertos à transcendência ajuda os jovens a sonhar e a construir um mundo mais bonito. #IYD2019”.
Com um tuíte, o Papa Francisco recorda neste dia 12 de agosto o Dia Internacional da Juventude.
A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1999, 20 anos atrás, com a finalidade de promover o papel dos jovens como parceiros essenciais nos processos de transformação e gerar um espaço para a conscientização sobre os desafios e problemas que a juventude enfrenta.
O tema deste ano é “transformando a educação”, inspirado no Objetivo número 4 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: “garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de aprendizagem no decorrer da vida para todos”.
Atualmente, existem no mundo um bilhão e 800 mil jovens entre 10 e 24 anos. Trata-se da maior população juvenil da história. Todavia, mais da metade das crianças entre 6 e 14 anos não sabe ler nem tem conhecimento básico de matemática, embora a maioria frequente a escola.

Crise de aprendizagem
Em mensagem para a ocasião, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirma que “estamos diante de uma crise de aprendizagem. Com demasiada frequência, as escolas não estão preparando os jovens para fazer frente à revolução tecnológica. Os estudantes não somente necessitam aprender, mas também aprender a aprender”.
Para o português, a educação deve conjugar o conhecimento, a preparação para a vida e o pensamento crítico.
Já o tuíte do Pontífice ressalta a abertura à transcendência como elemento fundamental na educação.
Em seus inúmeros pronunciamentos sobre o tema, o Papa Francisco destaca também a importância do “acolhimento da diversidade” e que as diferenças devem ser consideradas como “desafios, mas desafios positivos, não problemas”. O desafio educativo, segundo Bergoglio, está ligado “ao desafio antropológico”.
Outro tema presente nos pilares educativos do Papa é “a inquietação entendida como motor de educação”. Por isso “o apelo aos educadores para que sejam audaciosos e criativos” e para que nunca se tornem “funcionários fundamentalistas ligados à rigidez de planificações”. Enfim, para Francisco “a educação não é uma técnica, mas uma fecundidade generativa”, “a educação é um fato familiar que implica a relação entre as gerações e a narração de uma experiência”.


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