1. DEFINIÇÃO DE ESPIRITUALIDADE
O termo espiritualidade possui diversos significados:
-> É a vida espiritual do cristão, isto é, a sua vida segundo o Espírito Santo.
O termo espiritualidade possui diversos significados:
-> É a vida espiritual do cristão, isto é, a sua vida segundo o Espírito Santo.
-> A espiritualidade significa o viver o mistério de Cristo na própria vida de acordo com a vocação e a função que cada um exerce na Igreja. Em outras palavras: cada um é chamado a viver a graça do seu batismo, isto é, a sua imersão no Mistério de Cristo, segundo a sua vocação própria e específica. Por isso a espiritualidade do catequista deve olhar e se espelhar no Cristo evangelizador, modelo e paradigma de toda e qualquer vocação;
-> Espiritualidade significa, também, o estudo sistemático, a ciência que estuda sobre a vida espiritual, que brota do próprio Cristo que doa o seu Espírito à Igreja;
-> Portanto, a espiritualidade é a vida íntima do cristão com o Espírito Santo para:
a) conhecer o mistério de Cristo, isto é, a sua Pessoa e a sua Missão;
b) aplicar este mistério na própria vida a partir da experiência particular e da experiência dos santos que buscaram radicalmente a sua configuração a Cristo.
2. QUE DIZ A SAGRADA ESCRITURA? VAMOS PROCURAR NA BÍBLIA...
Ez 36, 24-27; Jr 31,31-34; Jl 3, 1-2; Jo 14,16-18.23.25-26; 15,26s; 16,1-15 (7-8.12-13);
At 1,4; 2,1-36 (cf. Jo 16,8-11); 2,37-47; Rm 8, 1-39; Gl 5,16-23; 1Cor 2,7-16.
3. QUE DIZ A IGREJA?
Diretório Catequético Geral,108 (DCG - 1971): “Qualquer atividade pastoral, que não esteja sustentada por pessoas verdadeiramente formadas está condenada à falência. Os próprios instrumentos de trabalho ficam ineficazes, se não são usados por catequistas adequadamente preparados. Portanto, a formação catequética tem a prioridade sobre a renovação dos textos e revigoramento da organização catequética.”
A formação deve levar em conta o duplo movimento de Fidelidade: a Deus e ao homem.
DCG 104 : “A missão que o catequista é chamado a realizar, nele exige uma intensa vida sacramental e espiritual, familiaridade com a oração, profunda admiração pela grandeza da mensagem cristã e pela sua capacidade para transformar a vida. Ao mesmo tempo exige a busca de uma atitude de caridade, de humildade e de prudência que permita ao Espírito Santo de realizar nos catequizandos a sua obra fecunda.”
Diretório Geral para a Catequese, 233-252 (DGC - 1997) : “A formação, ao mesmo tempo, estará atenta a que o exercício da catequese alimente e nutra a fé do catequista, fazendo-o crescer como crente. Por isso, a verdadeira formação alimenta, sobretudo, a ESPIRITUALIDADE do próprio catequista, de maneira que a sua ação nasça, na verdade, do testemunho de sua própria vida. Todo tema catequético que transmite deve alimentar, em primeiro lugar, a fé do próprio catequista. Na verdade, catequizam os demais, catequizando primeiramente a si mesmos.”
4. IMPORTÂNCIA DA ESPIRITUALIDADEUma vez que a espiritualidade é uma dimensão da formação catequética, pois sem ela o catequista não poderá realizar a sua caminhada ministerial de maneira autêntica, resultando vazio o seu propósito de vida, o seu ensinamento e o seu testemunho evangelizador; ela, então, é importante e fundamental para que ele esteja seguro:
a) da sua vocação;
b) da sua fé, a nível de conteúdo e de vivência;
c) da força transformadora da Palavra de Deus e da sua mensagem, tanto no âmbito pessoal como no anúncio que é chamado a fazer de Jesus Cristo para a salvação do seu próximo.
5. FONTES DA VIDA ESPIRITUAL DO CATEQUISTA
Deus, falando por meio do profeta Jeremias ao povo, chamava a atenção deste para o fato de estar buscando água em cisternas vazias (Jr 2,13). Também nós, muitas vezes, pensando que somos capazes de determinar o melhor meio para saciar a nossa sede de Deus, de perfeição e de santidade, nos fechamos e nos afastamos da verdadeira fonte de vida, que jorra para a vida eterna e que se torna, naquele que crê, também uma fonte de vida para os outros (Jo 4,14). Por isso, a fonte na qual o catequista deve saciar a sua sede espiritual é a Palavra de Deus.
Este “depósito da fé” é um profundo tesouro, confiado à Igreja, família de Deus, no qual ela extrai continuamente coisas novas e coisas antigas. Todos os filhos do Pai, animados pelo seu Espírito, nutrem-se deste tesouro, que é a Palavra de Deus. Eles sabem que a Palavra é Jesus Cristo, Verbo feito homem, e que a sua voz continua a ressoar por meio do Espírito Santo, na Igreja e no mundo.
A Palavra de Deus, contida na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, é celebrada na liturgia onde, constantemente, é proclamada, ouvida, interiorizada e comentada; reluzindo na vida da Igreja, na sua história bimilenar, sobretudo no testemunho dos cristãos e particularmente dos santos. Assim sendo, a Liturgia é a fonte onde cada fiel, mas particularmente o catequista, deverá buscar saciar a sua sede cotidiana; pois ela “é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força.”(SC 10). Em cada ação litúrgica ocorre um verdadeiro derramamento do Espírito, que age como protagonista da configuração de cada cristão a Cristo, que é o Liturgo por excelência.
Com isso, queremos penetrar mais profundamente em todos os momentos litúrgicos do nosso dia a dia, a fim de que seja edificado em cada um de nós, pelo culto que o Pai quer, o templo vivo do Espírito Santo, que é o agente transformador e gerenciador da vida nova em Cristo, Palavra eterna do Pai que se faz em cada liturgia Palavra salvífica do homem e para o homem.
6. MEIOS PRÁTICOS PARA A FORMAÇÃO ESPIRITUAL
Seria necessário antes de mais nada aprofundar os aspectos principais da existência catequética fazendo referência, em particular, ao ensino bíblico, patrístico e hagiográfico, no qual o catequista deve “especializar-se”, não só através de leituras de bons livros, mas também participando em cursos de estudo, congressos etc. Sessões particulares poderiam ser dedicadas ao cuidado da celebração dos sacramentos, bem como a autodisciplina, os métodos de oração etc.
Deverá acentuar-se também a Espiritualidade Mariana própria do catequista. Mais em concreto, é de desejar que cada catequista, talvez em concomitância com os exercícios espirituais periódicos, elabore um projeto concreto de vida pessoal, possivelmente concordado com o diretor espiritual, para o qual se assinalam alguns pontos:
1. Meditação cotidiana da Palavra de Deus ou de um mistério da fé;
2. Encontro pessoal quotidiano com Jesus na Eucaristia, para além da devota celebração da Santa Missa;
3. Devoção ariana (rosário, consagração ou entrega, colóquio íntimo);
4. Momento formativo doutrinal e espiritual;
5. Repouso devido;
6. Empenho renovado em pôr em prática as intenções do Bispo e de avaliação da própria adesão convicta ao magistério e à disciplina eclesiástica;
7. Cuidado da comunhão e da amizade com o seu padre, demais catequistas e fiéis da sua comunidade.
a) conhecer o mistério de Cristo, isto é, a sua Pessoa e a sua Missão;
b) aplicar este mistério na própria vida a partir da experiência particular e da experiência dos santos que buscaram radicalmente a sua configuração a Cristo.
2. QUE DIZ A SAGRADA ESCRITURA? VAMOS PROCURAR NA BÍBLIA...
Ez 36, 24-27; Jr 31,31-34; Jl 3, 1-2; Jo 14,16-18.23.25-26; 15,26s; 16,1-15 (7-8.12-13);
At 1,4; 2,1-36 (cf. Jo 16,8-11); 2,37-47; Rm 8, 1-39; Gl 5,16-23; 1Cor 2,7-16.
3. QUE DIZ A IGREJA?
Diretório Catequético Geral,108 (DCG - 1971): “Qualquer atividade pastoral, que não esteja sustentada por pessoas verdadeiramente formadas está condenada à falência. Os próprios instrumentos de trabalho ficam ineficazes, se não são usados por catequistas adequadamente preparados. Portanto, a formação catequética tem a prioridade sobre a renovação dos textos e revigoramento da organização catequética.”
A formação deve levar em conta o duplo movimento de Fidelidade: a Deus e ao homem.
DCG 104 : “A missão que o catequista é chamado a realizar, nele exige uma intensa vida sacramental e espiritual, familiaridade com a oração, profunda admiração pela grandeza da mensagem cristã e pela sua capacidade para transformar a vida. Ao mesmo tempo exige a busca de uma atitude de caridade, de humildade e de prudência que permita ao Espírito Santo de realizar nos catequizandos a sua obra fecunda.”
Diretório Geral para a Catequese, 233-252 (DGC - 1997) : “A formação, ao mesmo tempo, estará atenta a que o exercício da catequese alimente e nutra a fé do catequista, fazendo-o crescer como crente. Por isso, a verdadeira formação alimenta, sobretudo, a ESPIRITUALIDADE do próprio catequista, de maneira que a sua ação nasça, na verdade, do testemunho de sua própria vida. Todo tema catequético que transmite deve alimentar, em primeiro lugar, a fé do próprio catequista. Na verdade, catequizam os demais, catequizando primeiramente a si mesmos.”
4. IMPORTÂNCIA DA ESPIRITUALIDADEUma vez que a espiritualidade é uma dimensão da formação catequética, pois sem ela o catequista não poderá realizar a sua caminhada ministerial de maneira autêntica, resultando vazio o seu propósito de vida, o seu ensinamento e o seu testemunho evangelizador; ela, então, é importante e fundamental para que ele esteja seguro:
a) da sua vocação;
b) da sua fé, a nível de conteúdo e de vivência;
c) da força transformadora da Palavra de Deus e da sua mensagem, tanto no âmbito pessoal como no anúncio que é chamado a fazer de Jesus Cristo para a salvação do seu próximo.
5. FONTES DA VIDA ESPIRITUAL DO CATEQUISTA
Deus, falando por meio do profeta Jeremias ao povo, chamava a atenção deste para o fato de estar buscando água em cisternas vazias (Jr 2,13). Também nós, muitas vezes, pensando que somos capazes de determinar o melhor meio para saciar a nossa sede de Deus, de perfeição e de santidade, nos fechamos e nos afastamos da verdadeira fonte de vida, que jorra para a vida eterna e que se torna, naquele que crê, também uma fonte de vida para os outros (Jo 4,14). Por isso, a fonte na qual o catequista deve saciar a sua sede espiritual é a Palavra de Deus.
Este “depósito da fé” é um profundo tesouro, confiado à Igreja, família de Deus, no qual ela extrai continuamente coisas novas e coisas antigas. Todos os filhos do Pai, animados pelo seu Espírito, nutrem-se deste tesouro, que é a Palavra de Deus. Eles sabem que a Palavra é Jesus Cristo, Verbo feito homem, e que a sua voz continua a ressoar por meio do Espírito Santo, na Igreja e no mundo.
A Palavra de Deus, contida na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, é celebrada na liturgia onde, constantemente, é proclamada, ouvida, interiorizada e comentada; reluzindo na vida da Igreja, na sua história bimilenar, sobretudo no testemunho dos cristãos e particularmente dos santos. Assim sendo, a Liturgia é a fonte onde cada fiel, mas particularmente o catequista, deverá buscar saciar a sua sede cotidiana; pois ela “é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força.”(SC 10). Em cada ação litúrgica ocorre um verdadeiro derramamento do Espírito, que age como protagonista da configuração de cada cristão a Cristo, que é o Liturgo por excelência.
Com isso, queremos penetrar mais profundamente em todos os momentos litúrgicos do nosso dia a dia, a fim de que seja edificado em cada um de nós, pelo culto que o Pai quer, o templo vivo do Espírito Santo, que é o agente transformador e gerenciador da vida nova em Cristo, Palavra eterna do Pai que se faz em cada liturgia Palavra salvífica do homem e para o homem.
6. MEIOS PRÁTICOS PARA A FORMAÇÃO ESPIRITUAL
Seria necessário antes de mais nada aprofundar os aspectos principais da existência catequética fazendo referência, em particular, ao ensino bíblico, patrístico e hagiográfico, no qual o catequista deve “especializar-se”, não só através de leituras de bons livros, mas também participando em cursos de estudo, congressos etc. Sessões particulares poderiam ser dedicadas ao cuidado da celebração dos sacramentos, bem como a autodisciplina, os métodos de oração etc.
Deverá acentuar-se também a Espiritualidade Mariana própria do catequista. Mais em concreto, é de desejar que cada catequista, talvez em concomitância com os exercícios espirituais periódicos, elabore um projeto concreto de vida pessoal, possivelmente concordado com o diretor espiritual, para o qual se assinalam alguns pontos:
1. Meditação cotidiana da Palavra de Deus ou de um mistério da fé;
2. Encontro pessoal quotidiano com Jesus na Eucaristia, para além da devota celebração da Santa Missa;
3. Devoção ariana (rosário, consagração ou entrega, colóquio íntimo);
4. Momento formativo doutrinal e espiritual;
5. Repouso devido;
6. Empenho renovado em pôr em prática as intenções do Bispo e de avaliação da própria adesão convicta ao magistério e à disciplina eclesiástica;
7. Cuidado da comunhão e da amizade com o seu padre, demais catequistas e fiéis da sua comunidade.
Pe. Leonardo A. Fernandes
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