Além de ser dedicado aos missionários, o mês
de outubro reserva uma data muito especial. Nele é comemorado o Dia Nacional da
Juventude, celebrado na Arquidiocese do Rio de Janeiro no dia 16, na Casa de
Formação São Francisco de Assis, na Rua Riachuelo. Essa foi a 31ª edição do
evento que tem como objetivo refletir e debater com os jovens um assunto da
atualidade, e experimentar momentos de louvor, adoração e muita música.
Em 2016, o encontro meditou sobre o tema
“Juventude e a nossa casa comum”, que faz alusão à encíclica Laudato Si’, do
Papa Francisco, quanto à questão ambiental e o consumismo desenfreado.
De acordo com o bispo auxiliar e animador da
Pastoral da Juventude, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, o DNJ se destaca por
dois motivos: o desejo da juventude de servir e a sensibilidade para as
questões da realidade que os cercam.
“O Dia Nacional da Juventude é muito
importante por dois motivos: primeiro, para que os jovens mostrem à sociedade
que não estão tão fora da Igreja; que desejam a Igreja e estão dentro dela, são
protagonistas da história dela. Cada vez mais, a gente nota o interesse dos
jovens não apenas como espectadores, mas como participantes em todos os
eventos. Tudo aqui foi organizado pela juventude. Por outro lado, quando eles
participam deste tipo de atividade, abrem a cabeça e o coração para as questões
que afetam o mundo atualmente, não só no âmbito da Igreja. Hoje, tivemos aqui
oficinas sobre questões de políticas públicas, ideologia de gênero, oficinas de
grafite. Então, tudo isso é importante para dentro e fora da Igreja também”,
afirmou Dom Antonio.
O encontro contou com a participação de
Francisco José dos Santos, mais conhecido como Dunga, cantor e apresentador da
TV Canção Nova. Ele partilhou com os jovens seu testemunho de conversão, além
do tema proposto e muito louvor e adoração. Dunga também ressaltou a
importância de se reconectar a juventude dos dias atuais às questões que podem
provocar doenças espirituais.
“Se repararmos nos Evangelhos, em tudo aquilo
que Jesus fez, Ele sempre foi alguém que incluía as pessoas nos mais diversos
temas, fosse algo familiar, uma cura, ou até mesmo quando Ele falava da
natureza. Hoje, o jovem está muito desconectado daquilo que é a criação, do que
faz parte de todo esse contexto que provoca a saúde mental, espiritual, a saúde
moral. Quando o jovem é trazido e reconectado a essas questões, ele é
contextualizado e passa a se sentir mais ser humano”, disse Dunga.
O Cardeal Orani João Tempesta também esteve
presente ao encontro e presidiu a santa missa. Ele ainda destacou que esta é
uma oportunidade de a juventude expressar a fé, dialogar e contribuir para a
construção do mundo.
“O jovem tem necessidade de, como qualquer
pessoa humana, se encontrar com outros que carregam os mesmos ideais e se
aprofundam na fé. O Dia Nacional da Juventude surge como uma oportunidade para
que os jovens manifestem a fé e, ao mesmo tempo, discutam um tema e contribuam
para a transformação deste mundo, em clima de amor e fraternidade. Esses são
momentos de ânimo, reavivamento e também de disponibilidade que o jovem tem
para continuar servindo”, acrescentou Dom Orani.
Organizador e assistente eclesiástico da
Pastoral da Juventude, padre Antônio Augusto da Silva Bezerra, comparou o
momento vivenciado com o capítulo 24 do Evangelho de São Lucas, que narra a
caminhada dos Discípulos de Emaús (Lc 24,13).
“Acredito que essa seja a mesma experiência
que a dos discípulos de Emaús quando, depois da ressurreição, eles começam a
caminhar com Jesus, sem saber que Ele era o Messias. Sentiram o coração arder
durante a caminhada e, ao partir o pão, na Eucaristia que também celebramos
aqui, experimentaram Jesus revelado. Creio que o sentimento da juventude seja o
mesmo neste encontro, eles sairão daqui muito mais animados para trabalhar e
evangelizar em suas comunidades“, concluiu.
Fotos:
Giselle Martello
Fonte:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/4999/juventude-e-a-nossa-casa-comum
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