terça-feira, 12 de março de 2013

"Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8)

A cada dia, percebemos mais os desafios de estar diante das novas gerações. Pais e educadores enfrentam uma realidade em que para muitos tornou-se uma grande corrida, para alcançar a linguagem que chegue ao coração e as mentes desta nova geração.  Como diz o próprio texto-base da Campanha da Fraternidade 2013: “Os diversos segmentos da sociedade precisam estar atentos às rápidas mudanças que surgem a cada dia”.
Neste aspecto, a Igreja não pode isentar-se, ela como mãe e mestra; deve acompanhar as mudanças que nos é exigida para apresentar e inserir o Evangelho a estes jovens, nestes novos areópagos. Na sua missão, busca fazer com que entendam que a internet, mais especificamente as redes sociais, deve servir para evangelizar a todas as gentes, fazendo deste local um lugar de comunhão.
DESAFIOS
Atualmente, o modo de viver e de comunicar de nossos jovens desafia os paradigmas e estruturas atuais de comunicação de nosso ambiente eclesial.  Nesta grande missão de orientar e sustentar a participação ativa de nossa juventude, nossas paróquias precisam fazer parte dentro deste processo de inclusão digital, tanto na sua vida administrativa como no acompanhamento e desenvolvimento pastoral, tendo com eles uma “atitude educativo-interativa”, mostrando, principalmente, que são chamados a viverem neste mundo digital com uma ética “que considere a comunicação como espaço de relações e de cultivo de valores que edificam a existência e a sociedade.
VALORES
Esses valores possibilitarão uma sociedade que saiba criar leis e oportunidades para tornar a rede um local seguro e sadio, evitando crimes cibernéticos. Desta forma é indispensável a colaboração da família, escola, Igreja e autoridades públicas. Os jovens de hoje se expressam, se movimentam e se articulam  de forma bem diferente de algumas gerações anteriores, obrigando-nos a um esforço de compreensão do que se passa em seu meio.
Estar ‘antenado’ às qualidades e riscos que nossos jovens correm com sua exposição excessiva no mundo virtual. Devemos apresentar-nos como seus condutores, nos valores familiares e éticos de uma sociedade correta e boa para todos.
O texto-base da Campanha da Fraternidade nos fala que o ser humano não nasce pronto; cria-se e se recria de acordo com aquilo que vivencia durante sua vida. Isso nos mostra que as atitudes juvenis podem ser reflexos do que se vive em seu meio familiar e escolar, refletindo também em todos os campos de sua vida. “Se alguns jovens se comportam de modo violento, apático ou desinteressado, isso reflete os contextos sociais engendrados pelas gerações anteriores. Se nos afastamos dos nossos jovens, eles também podem distanciar-se do que acreditamos como valores, princípios, conquistas culturais e sociais”. Vemos que nos últimos tempos, poucos são os que se dispõem a acompanhar os jovens de forma sistemática.

DIÁLOGO
Acreditamos que os jovens têm uma grande influência na sociedade atual, por isso aos adultos cabe aproximar-se mais, e estabelecer um diálogo amigável, oferecendo conselhos prudentes e um auxílio válido. Assim desta forma, os jovens poderão corresponder à confiança nos adultos, pois mesmos inclinados a inovações, poderão apreciar o valor das tradições louváveis.
No decreto “Apostolicam Actuositatem”, sobre o apostolado dos leigos, do Concílio Vaticano II, os jovens são aqueles que devem tornar-se os primeiros e os imediatos apóstolos dos jovens, exercendo um apostolado pessoal entre os de sua geração, seus companheiros. Para isso, com a necessidade do “amadurecimento da consciência da própria personalidade, impelidos pelo ardor da vida e do dinamismo transbordante, assumem a responsabilidade própria, desejam tomar parte na vida social e cultural.  Deste zelo, se é imbuído pelo espírito de Cristo, e animado pela obediência e amor aos pastores da Igreja, podem esperar frutos abundantíssimos”.
Atualmente, vemos uma abertura da juventude a uma relação radical com o sobrenatural. Pelas características próprias e o vigor juvenil, são propensos a atitudes heroicas e a um virtuosismo religioso, uma busca pela santidade e uma luta constante que os poderia levar à capacidade de morrer por uma causa. E em meio a estas atividades religiosas, surgem as atividades caritativas, de lazer e de música, que levam a uma “identidade estável”, afastando-os da violência.
IDENTIDADE
O texto-base da Campanha da Fraternidade nos aponta duas realidades, que mesmo diante do dinamismo dos jovens, nos questionam: uma grande parte de jovens que se limitam apenas a participar das missas dominicais, uma presença eclesial; e os muitos grupos de jovens que “não se identificam com nenhuma expressão associativa atual, mas permanecem em nossos ambientes”. Diante destas afirmações, temos, enquanto comunidade organizada e estruturada, de criar condições para que  os jovens possam identificar-se e sentir-se atraídos a viverem, de forma apaixonada e orientada, as suas convicções de fé. Onde por meio de nossos grupos de jovens, encontrar-se e encontrar o outro, em Deus e no próximo., encontrar-se e encontrar o outro, em Deus e no próximo.

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