Por Dom Eduardo
Pinheiro da Silva
Presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
Caros párocos e demais responsáveis pela
evangelização da juventude no Brasil
“Jesus foi ao encontro delas, e disse: alegrai-vos”
(Mt 28, 9)
Que época bonita essa da
Quaresma-Semana Santa-Páscoa! Quanta “santa” agitação! Quanta animação e
profundidade! Mais do que a experiência significativa de traçarmos um caminho
rumo a Jesus nos alegramos ao perceber que a iniciativa primeira do encontro
parte dele mesmo, como vitorioso, para nos anunciar o Evangelho da Alegria!
Inúmeras comunidades sabem
aproveitar desse importante momento como ocasião muito favorável para envolver
nossos adolescentes e jovens nas diversas atividades. Parabéns se a sua
comunidade é uma destas! Você não imagina o impacto positivo que isto gera na
vida deles!
Este momento intenso de
espiritualidade cristã tem uma força incrível de atração e envolvimento dos
jovens: liturgias, encenações da Via-Sacra, retiros, arrumação de ambientes,
gestos concretos de solidariedade, iniciativas ligadas à Campanha da
Fraternidade, celebração da Jornada Diocesana da Juventude no Domingo de Ramos,
etc.
Saber cativar e envolver nossos
jovens na dinâmica da vida pessoal, desde as pequenas coisas, é sinal de sabedoria
de quem tem a responsabilidade de conduzir o povo de Deus. Nossa Igreja é rica
de ocasiões propícias que, uma vez adaptadas à cultura juvenil, proporcionam
tanto o crescimento da paixão do jovem por Jesus Cristo e pela Igreja, quanto o
rejuvenescimento da Comunidade que é chamada à constante conversão.
Neste sentido, a Pastoral Juvenil
exercida de diversos modos pelo país, defende a ação evangelizadora que se
sustenta numa pedagogia organizada. Para nós não basta promover atividades
“para” os jovens ou “com” os jovens! Em nosso contexto cultural que cada vez
mais exige capacitação e seriedade nas várias áreas, a Igreja se sente
desafiada a trabalhar junto aos jovens a partir de um consistente “processo
pedagógico”: planejamento, ações concatenadas, etapas, objetivos, prioridades,
estratégias, etc.
O encontro de revitalização da
Pastoral Juvenil no Brasil, ocorrido em dezembro passado, ao aprofundar a 3ª
Linha de Ação – PEDAGOGIA DA FORMAÇÃO – definiu assim as duas PISTAS DE AÇÃO
para todas as expressões juvenis e Regionais da CNBB nestes próximos anos:
1º. Tornar nossas atividades
cativantes e criativas, utilizando-se da pedagogia de Jesus, para proporcionar
o encontro pessoal com Ele.
2º. Elaborar um processo pedagógico com as juventudes,
inspirados nos documentos da Igreja, contemplando espaços de vivência e
partilha, respeitando a complexidade do mundo juvenil e sua linguagem.
Se o primeiro ponto acima nos provoca a repensarmos nossas
ações para que elas sejam mais atraentes e envolventes, o segundo ponto nos
recorda que estas ações devem obedecer a um processo pedagógico. Dizem ainda
estas Pistas de Ação que a criatividade deve se espelhar na pedagogia de Jesus,
respeitar o contexto juvenil e ter uma linguagem jovem. Será que nosso serviço
às juventudes tem considerado estes elementos? No que podemos e devemos
melhorar? Pergunte aos jovens e eles mesmos poderão ajudá-los nesta resposta!
Com relação ao princípio da PEDAGOGIA DE FORMAÇÃO nossos documentos e prática nos solicitam:
Com relação ao princípio da PEDAGOGIA DE FORMAÇÃO nossos documentos e prática nos solicitam:
1. Conhecer (estudar) a
fundo as prioridades, ações e posturas pedagógicas de Jesus Cristo (cf. Zaqueu
– Lc 19,1-10 ; Discípulos de Emaús – Lc 24,13-35, Nicodemos – Jo 3,1-21, Mulher
Samaritana – Jo 4,1-42);
2. Verificar se nossos projetos aos jovens realmente estão conduzindo-os para o encontro significativo com Jesus Cristo, ou são simplesmente “passatempo e entretenimento religioso”, alimentando, inclusive, espiritualismos, ideologias, fugas, revoltas, descompromissos, etc.
3. Organizar um Plano de Evangelização, prático e simples, a partir do protagonismo das diversas expressões juvenis e com clareza de objetivos, análise da realidade, ações significativas, envolventes e concatenadas;
4. Ter clareza do que se quer em cada fase da vida formativa dos jovens em nossos ambientes: catequese, grupos, eventos, etc.
5. Articular uma proposta evangelizadora própria para a realidade e a idade do adolescente, diferenciando-o dos jovens;
6. Desafiar a criação de, no mínimo, 1 Grupo de Jovensem cada Comunidade e
acompanhar o processo de sua implementação;
7. Promover eventos de massa, principalmente a Jornada Diocesana da Juventude (Domingo de Ramos) e o Dia Nacional da Juventude (último Domingo de outubro), aproveitando destas ocasiões para desenvolver o protagonismo juvenil na sua preparação, execução e continuidade;
8. Conhecer a singularidade da cultura juvenil com suas linguagens, necessidades e desejos, a partir de palestras, debates, cursos, pesquisa de campo, visitas missionárias. Quem é o jovem que está conosco? Quem é o jovem ao qual queremos atingir com nossa proposta pedagógica evangelizadora?
2. Verificar se nossos projetos aos jovens realmente estão conduzindo-os para o encontro significativo com Jesus Cristo, ou são simplesmente “passatempo e entretenimento religioso”, alimentando, inclusive, espiritualismos, ideologias, fugas, revoltas, descompromissos, etc.
3. Organizar um Plano de Evangelização, prático e simples, a partir do protagonismo das diversas expressões juvenis e com clareza de objetivos, análise da realidade, ações significativas, envolventes e concatenadas;
4. Ter clareza do que se quer em cada fase da vida formativa dos jovens em nossos ambientes: catequese, grupos, eventos, etc.
5. Articular uma proposta evangelizadora própria para a realidade e a idade do adolescente, diferenciando-o dos jovens;
6. Desafiar a criação de, no mínimo, 1 Grupo de Jovens
7. Promover eventos de massa, principalmente a Jornada Diocesana da Juventude (Domingo de Ramos) e o Dia Nacional da Juventude (último Domingo de outubro), aproveitando destas ocasiões para desenvolver o protagonismo juvenil na sua preparação, execução e continuidade;
8. Conhecer a singularidade da cultura juvenil com suas linguagens, necessidades e desejos, a partir de palestras, debates, cursos, pesquisa de campo, visitas missionárias. Quem é o jovem que está conosco? Quem é o jovem ao qual queremos atingir com nossa proposta pedagógica evangelizadora?
9. Ousar mais em iniciativas
que valorizem as expressões culturais juvenis: teatro, esporte, arte, dança,
coreografia, grafite, paróquias, bandas, favorecendo, assim, outros espaços e
momentos específicos além das missas.
10. Promover iniciativas
de voluntariado juvenil, como importante instrumento pedagógico para o
desenvolvimento da corresponsabilidade social e da caridade cristã.
“Essa juventude possui um grande
potencial. Para abrir a porta deste potencial e deixar desabrochar o idealismo
e o espírito de doação natural do jovem, há necessidade de uma chave
pedagógica. Trata-se do conjunto de métodos usados que envolvem a maneira de
ser, de viver e de comunicar-se dos agentes de evangelização” (Documento 85 da
CNBB, n. 144).
O
Ressuscitado, que nos abriu as difíceis portas do paraíso, abra ainda mais
nossas Comunidades para acolher os jovens em vista de ajudá-los na abertura de
seu coração para a vontade de Deus e o projeto do Evangelho.
O
abraço carinhoso e a pedagogia maternal de Maria nos protejam e nos auxiliem a
traçar para os jovens um caminho de formação integral em vista da felicidade
sem fim.
Feliz
Páscoa!
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
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