O jogador de basquete profissional Kevin
Lisch trabalha duro em sua profissão.
Ele jogou a Divisão I (o nível mais alto dos jogos
universitários aprovado pela Associação Atlética Nacional dos EUA)
pela St. Louis University, estava pronto para o draft da NBA (evento
anual no qual times da NBA podem recrutar novos jogadores) quando se
formou em 2009, venceu campeonatos profissionais na Espanha, França e Austrália e,
hoje, encontra-se no Rio de Janeiro representando a Austrália,
meses após ser contratado pelo Sydney Kings e ganhar a cidadania
australiana.
A reportagem é de Colleen Dulle,
publicada por National Catholic Reporter, 10-08-2015. A tradução de Isaque
Gomes Correa.
Mas, disse Lisch, Deus sempre esteve no
centro. As pessoas que o conhecem confirmam essa afirmação.
Nascido e criado em Belleville, Illinois, Lisch,
de 30 anos, frequentou escolas católicas durante toda a vida, começando na Blessed
Sacrament (para o ensino fundamental), depois na Althoff Catholic
High School (ensino médio) e, por fim, na St. Louis University, onde
está na Calçada Billiken da Fama.
Greg Lieb, técnico de Lisch durante
os anos de ensino médio, contou aos Catholic News Service que no
ensino médio Lisch já se destacava por diferentes motivos:
Segundo Lieb em entrevista por
telefone, Lisch como um jogador reúne muitas qualidades: “Ele é
resistente, tem um bom porte físico, trabalha duro e, acima de tudo, é um
grande jogador”.
Lisch e a seleção australiana de
basquete jogam contra os EUA na quarta-feira no Rio de
Janeiro.
Lieb disse que Lisch era ainda
melhor nos estudos do que o era no basquete, juntando-se ao conselho estudantil
daSociedade Honorífica Nacional. A sua fé, segundo Lieb, sempre lhe foi
importante.
“Vocês podem encontrar ele indo diariamente à
missa. Se quisermos nos encontrar com ele, é só ir à missa das 8h na Igreja de St.
Henry”, diz Lieb. Os dois mantiveram a amizade ao longo dos anos, mesmo
depois que Lisch mudou-se para a Austrália em 2009.
Na St.
Louis University, Lisch atuou sob o comando do técnico Brad
Soderberg enquanto cursava bacharel em marketing e, depois, o MBA. Lisch tem
uma média de 14,1 pontos por partida e foi um dos 10 Atletas-Alunos Masculinos
de Basquetebol do Ano da Atlantic.
Soderberg, técnico de basquete universitário
há 30 anos, disse: “Lisch está na lista dos dois ou três melhores caras
que eu já treinei, considerando a sua capacidade atlética e o seu caráter. Ele
foi um dos melhores jogadores universitários por causa de seu incansável
trabalho ético, pelo zelo moral e pela resistência incomparável. A sua
honestidade, humildade e o seu coração bondoso são inigualáveis com
qualquer outro atleta que treinei”.
Soderberg, católico, lembra o dia em que
soube da devoção religiosa de Lisch.
“Lembro que um dia eu estava me preparando
para ir à missa num dia de semana, à tarde, na capela universitária.
Levantei-me de minha oração e vi ele de pé, em silêncio na fila do confessionário.
É uma cena que um técnico de basquete não vê todos os dias”, falou o treinador.
Após concluir a faculdade, Lisch a
assinou contrato com a equipe Perth Wildcats, da Liga Nacional Australiana
de Basquete. Esta equipe venceu o campeonato em seu primeiro ano. Lisch ganhou
dois prêmios como o jogador mais valioso da temporada nos dois anos que jogou
no país. Em seguida, assinou com os Piratas de Quebradillas, de Porto
Rico, onde venceu um outro campeonato nacional.
Lisch também jogou em Paris pelo Nanterre
92, vencendo a Taça Francesa de 2014. Depois, mudou-se para aEspanha para
jogar pelos Illawarra Hawks. Retornou a Porto Rico por um breve
período em fevereiro de 2016, e então assinou com a equipe do Sydney Kings em
abril antes de ser convocado para a seleção australiana, conhecida como os Boomers,
que hoje compete no Rio de Janeiro. Em março, Lisch recebeu a
cidadania australiana, segundo o jornal de sua cidade natal Belleville
News-Democrat.
Em email enviado ao Catholic News
Service direto da América do Sul, onde estava jogando um campeonato
pré-olímpico, Lisch refletiu sobre como a sua fé e o esporte
interagem.
“No esporte, assim como em outras coisas
na vida, é fácil sermos pegos centrados sobre nós mesmos e ou em nossos
próprios problemas e realizações. Mas ao colocar Deus no centro, sou lembrado
de que não se trata apenas de mim. Trata-se de ajudar os outros. Tem a ver com
difundir aquela alegria aos outros, a alegria de viver uma vida cristã”,
escreveu Lisch.
“A minha fé ajudou a me dar um propósito e
uma perspectiva no esporte e na vida. É um trabalho constantemente em
progresso, uma batalha feliz, penso eu”.
Fonte:
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/558851-jogador-de-basquete-australiano-nascido-nos-eua-competindo-no-rio-concentra-se-na-fe-diz-tecnico
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