Por D. Eduardo Pinheiro da Silva
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude
da CNBB
Caros párocos e demais
responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.
“Com Jesus Cristo,
renasce sem cessar a alegria.”
(Francisco, Evangelii
Gaudium)
FELIZ NATAL E ANO NOVO!
Estamos
imersos na espiritualidade do Advento, entre a festa do Rei do Universo (24/11)
e a comemoração pela vinda do Messias (25/12). Neste contexto, no final do “Ano
da Fé”, Papa Francisco nos brinda com a bonita Exortação Evangelli Gaudium.
Na vida e na missão do cristão não pode faltar o ingrediente principal da
alegria. É uma questão de fé e,
não, simplesmente um elemento psicológico da existência humana! Ao viver
inundado da certeza da encarnação de Deus em nosso meio e do seu amor poderoso
que nos acompanha, nos sentimos impulsionados a enfrentar as barreiras, viver
intensamente o cotidiano, renovar os laços fraternos, assumir os desafios que
contribuem com a vida plena de todos, principalmente dos mais necessitados.
O nosso
testemunho de alegres amigos e servidores do Senhor nos garante impacto social
e admiração dos jovens. A alegria é uma realidade capaz de nos sustentar em
todos os períodos da vida, mas é na fase da adolescência e da juventude que ela
aparece com mais força e pureza. Os jovens precisam perceber em nós a revolução
existencial e transformadora que a adesão
a Cristo nos provoca.
Para
realizar o pedido que a Exortação Evangelli
Gaudium nos faz de um “anúncio
renovado” que proporcione, hoje, “uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora” (n.
11) é necessário, mais do que nunca, contar
com os jovens, acreditar na sua presença e ação. A experiência nos mostra
que o “novo” trazido por Jesus Cristo é acolhido com mais rapidez, intensidade
e compromisso pelos jovens, quando o anúncio lhes é feito de maneira criativa e
empolgante, em clima de confiança.
Natal e Ano Novo: ocasiões propícias para se alegrar
com a novidade que vem dos Céus, com a jovialidade que enche os corações, com a esperança em novos tempos, de
conversão pessoal e pastoral!
Neste “Ano
da Juventude”, envio um abraço
especial de Natal a vocês que, ao reconhecerem que em nossas “estruturas
ordinárias, os jovens habitualmente não encontram respostas para as suas
preocupações, necessidades, problemas e feridas”, estão se empenhando mais em “ouvi-los com
paciência, compreender as suas preocupações ou as suas reivindicações, e
aprender a falar-lhes na linguagem que eles entendem.” (n. 105).
Bênçãos natalinas a todos os evangelizadores
que, reconhecendo a ação do Espírito Santo na riqueza da “proliferação e o crescimento de associações e movimentos predominantemente
juvenis” em suas Comunidades, têm valorizado a diversidade e trabalhado
pela sua unidade para“tornar mais estável a participação destas agregações no
âmbito da pastoral de conjunto da
Igreja” (n. 105).
Feliz Natal aos educadores de jovens que,
diante “do processo de secularização” que busca negar a
transcendência, insistem, junto a eles, em uma “educação que ensine a pensar criticamente e ofereça um caminho de
amadurecimento nos valores” (n.
64).
Um Natal de bênçãos a você que,
testemunhando entre os jovens a alegria pela vivência da própria vocação
específica na Igreja, tem organizado Comunidades com “ardor apostólico
contagioso”, convicto de que “onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo
aos outros, surgem vocações genuínas” (n.
107).
Abençoado Ano Novo a vocês, responsáveis pela
evangelização da juventude, que, ao perceberem a existência de muitos jovens,
“caminheiros da fé”, “que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a
várias formas de militância e voluntariado” (n.
106), estão sonhando para 2014 projetos concretos e ousados de vivência maior
do protagonismo juvenil.
Enfim, Feliz Ano Novo a todos e a todas
que se apaixonam cada vez mais pelos jovens, pois percebem que eles, diante dos
novos tempos, “chamam-nos a despertar e a aumentar a esperança, porque
trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na
nostalgia de estruturas e costumes que já não são fonte de vida no mundo atual” (n.
108).
Queridos
irmãos e irmãs, neste tempo de festa, de agradecer o passado e sonhar o futuro,
alegrem-se com Maria e como Maria. Cantem o seu Magnificat! Vibrem pela vocação
que Deus lhe concedeu! Saiam apressadamente ao encontro dos jovens que aguardam
a Boa Notícia sobre o Príncipe da Paz! Com o coração repleto de abençoada
alegria do amor desta Mãe, sejam vocês, também, Maria que leva aos jovens de
todos os tempos e lugares Aquele que “é sempre jovem, e fonte de constante
novidade”: Jesus Cristo!
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