Protagonismo
juvenil, formação de assessores, maior integração das expressões, falta de
recursos humanos e materiais e eventos que marcaram a juventude brasileira nos últimos
dois anos. Estes foram alguns dos avanços e desafios apontados pelos jovens que
comporam a mesa de debates na tarde do dia 12 de dezembro, segundo dia do
Encontro de Revitalização.
Cada
um trouxe, de acordo com a visão de sua expressão, os pontos positivos e as
problemáticas enfrentadas pelos jovens e pela Igreja no processo de evangelização
da juventude. Contudo, a mesa também deu lugar a quem não participa ativamente
da Igreja: a jornalista Suzi Amanda de Souza, de Brasília (DF), foi convidada a
responder como ela enxerga a Igreja Católica em sua relação com os jovens.
Em
sua fala, Suzi contou um pouco da sua trajetória e os motivos pelos quais ela
se afastou da comunidade paroquial. Muito jovem, ela assumiu responsabilidades,
como a catequese e a equipe de liturgia. Contudo, se viu em conflito devido a
estas responsabilidades e ao ver que os jovens as recebem, buscam conquistar
quem está fora da Igreja, mas eles mesmos podem não ter se deixado conquistar
por Cristo.
“É
fácil entrar na Igreja quando adolescente, mas o desafio é mantê-lo”, apontou a
jornalista ao ressaltar que os responsáveis por juventude precisam instruir
mais as crianças, adolescentes e jovens sobre a importância da religião, além
de enfatizar sobre a necessidade de acolhimento e boas homilias nas missa para
o público juvenil.
Igreja vive tempo de kairós
Dentro dos
importantes eventos vivenciados pela juventude brasileira, a Igreja busca se
inserir e participar ativamente dessas transformações. Essa foi a síntese da
primeira palestra, feita pelo bispo de Caruaru (PE), Dom Bernardino Marchió –
conhecido como Dom Dino.
Para ele,
a Igreja tem consciência da transformação social e espiritual advinda desse
tempo e deseja manter esse protagonismo juvenil como fonte de mudança.
“Percebemos a necessidade de ter um diálogo mais adequado e próximo da
juventude, pois acima de tudo, o jovem tem um coração, uma alma, pensamentos,
sonhos e ideais”, destaca.
Neste
momento de diálogo e proximidade com os jovens, a Igreja enxerga a realidade
denominada pelo papa Francisco, como “periferias existenciais”. Segundo dom
Dino, a Igreja Católica sempre se preocupou com aqueles que vivem as mais
diversas situações de exclusão e continuará levando a estes mensagem do
Evangelho.
Essa
mensagem será dada de forma especial aos jovens que vivem nessas periferias.
“Um pobre abandonado, ou jovens drogados e em realidades adversas são para nós
um chamado; o Kairós é uma realidade que se vive intensamente, um chamado de
Deus a não deixar passar essa oportunidade para as pessoas que precisam dessa
mensagem nossa”, desafia.
Para que o
objetivo seja alcançado, ele propõe que leigos e o clero se atentem a esse
momento certo e se revitalizem, levando o Evangelho aos jovens nas mais
diversas realidades. “A revitalização é para todos, sobretudo aqueles que têm
responsabilidade de guiar as comunidades, paróquias e dioceses”, ressalta.
Regional Leste 1 participa do encontro
Representantes
do Regional Leste 1 da CNBB participaram do Encontro Nacional de Revitalização
da Pastoral Juvenil. Estiveram presentes jovens e assessores das pastorais
juvenis diocesanas e de expressões que trabalham com a evangelização da
juventude, como o Movimento dos Focolares, as comunidades Shalom, Santos Anjos,
Bom Pastor, Pequeno Rebanho, Maria Serva da Trindade e Servir.
O
bispo referencial para a Juventude no Regional, Dom Nelson Francelino Ferreira,
participou dos debates, e viu com esperança a realização do encontro.
“Fiquei
muito contente porque as metas desse encontro de uma certa maneira foram
apontadas por nós na assembleia do regional: estudar, aprofundar e discutir as
pistas de ação do Documento 85. Aqui em Brasília temos a possibilidade de
ampliar esse debate ouvindo as contribuições do Brasil inteiro. Estou muito
atento e esperando que desse encontro venham muitas luzes para caminharmos no
regional”, disse.
Prioridades
As
prioridades apontadas pelos representantes do regional para a evangelização da
juventude no Estado do Rio de Janeiro foram relativas às seguintes linhas de ação:
espiritualidade, discípulos para a missão e estruturas de acompanhamento.
Em
espiritualidade, destacou-se a necessidade de familiarizar o jovem com a
Palavra de Deus, a partir da leitura orante.
Com
relação à missão, viu-se a necessidade de despertar e assumir uma postura
missionária, natureza de todo cristão, que garanta a promoção e a defesa da
vida em sua plenitude.
Quanto
à estrutura de acompanhamento, articular e organizar o Setor Juventude conforme
o Documento 85.
Fonte: Jornal Testemunho de Fé
Os
documentos para download estão nos links abaixo:
Documento 85 – CNBB
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) 2011-2015 (resumo sintético)
Sistematização – material pós-JMJ (8 linhas de ação)
Civilização do Amor – pontos destacados
Documento de Aparecida – Capítulo VI
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) 2011-2015 (resumo sintético)
Sistematização – material pós-JMJ (8 linhas de ação)
Civilização do Amor – pontos destacados
Documento de Aparecida – Capítulo VI
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