A Catedral
de São Sebastião, Igreja-Mãe desta Arquidiocese, ficou lotada de rapazes e
moças de todo o Brasil e também de outros países. São os voluntários da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), que já estão em solo carioca e em
preparação, espiritual e por meio de treinamentos, para bem receberem os
peregrinos que chegam à Cidade. O evento teve início com a oração do Terço da
Misericórdia, rezado em cinco idiomas, às 15h, e foi finalizado com o encontro
entre muitos jovens — de outros estados e nações — com membros das comunidades
paroquiais que os apresentarão às famílias de acolhida.
O
Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, presidiu a missa de envio dos
voluntários, que foi concelebrada pelo Bispo Auxiliar Dom Pedro Cunha, pelo
Bispo polonês Dom Henrique Thomasi e por diversos sacerdotes, tendo os símbolos
da Jornada ao altar.
Durante a
homilia, o Arcebispo recordou a peregrinação da Cruz dos Jovens e do Ícone de
Nossa Senhora por quase dois anos em terras brasileiras, até chegar ao Rio de
Janeiro, Cidade-sede da JMJ Rio2013, há 11 dias. E partilhou sua alegria por
essa celebração de envio aos voluntários acontecer no dia de Nossa Senhora do
Carmo, que recorda à Igreja a mística da fé, da oração e que convida à luta ao
que contradiz o evangelho.
- A
celebração desta Eucaristia é importante para que tenhamos a consciência de que
tudo o que formos fazer deve ser alicerçado na espiritualidade.(...) Vocês são,
como diz o Evangelho, esses parentes de Jesus, que querem fazer a sua vontade.
Por isso, nós, hoje, os acolhemos e enviamos. (...) Que nunca percamos tempo,
mas que vivamos a espiritualidade e que possamos dar testemunho da nossa
alegria e das razões da nossa fé, desejou o Arcebispo.
E para,
oficialmente, acolher e dar boas vindas aos voluntários da JMJ, Dom Orani
expressou sua percepção sobre o Rio de Janeiro nestes dias:
- A Cidade
Maravilhosa se tornou ainda mais maravilhosa por vocês estarem aqui! Vocês
trazem não só a alegria juvenil, mas a luz da fé, sendo protagonistas deste
mundo novo, como diz a oração da Jornada, comemorou.
Concluindo
a celebração, o diretor do Setor de Voluntariado, Padre Ramon Nascimento,
representando cada um dos voluntários da JMJ Rio2013, se dirigiu ao Arcebispo
Metropolitano:
- Nós,
voluntários, como Maria, queremos dizer sim; e por isso pedimos: envia-nos!
- É com
muita alegria que nós louvamos a Deus pelos presentes e os enviamos para que
possam fazer a beleza do evangelho e do reino de Deus acontecer nesta Jornada.
(...) Tenho certeza de que vocês farão o melhor não só para acolher, mas para
testemunhar a vivência cristã a todos que lhes forem confiados. Será uma
experiência única na vida da cada um de nós, disse Dom Orani.
“O voluntariado é a alma da Jornada”
Para o
diretor do Setor de Voluntariado, a Cidade Maravilhosa vive um tempo forte de
fé, que revela à sociedade que existe esperança de um futuro melhor
- O Rio de
Janeiro está vivendo um pentecostes. Nós estamos vendo voluntários que falam idiomas
linguísticos diferentes, mas que falam um mesmo idioma, o da fé. E todos juntos
estão construindo uma bela JMJ. (...) O voluntariado é a alma da jornada,
porque cada voluntário constrói a Jornada e sem eles a Jornada não conseguiria
existir. E isso é uma expressão de Cristo, expressão do serviço ao irmão e do
cuidado com o outro. É magnífico ver tantos jovens, vindos de variados países e
de diversos lugares do Brasil, para servir ao irmão. Isso mostra que o mundo
tem uma esperança, destacou.
De acordo
com o Arcebispo Metropolitano, o gesto de desprendimento em favor dos irmãos do
mundo inteiro que, na Jornada, vêm buscar um encontro pessoal com Jesus, é um
grande testemunho de serviço ao outro, que é dado à sociedade:
— Os
voluntários são aqueles que, além de peregrinos que vêm para o Rio de Janeiro
para estarem com os irmãos e irmãs, e seguirem a Cristo, se colocam à
disposição para servir os outros peregrinos, seja nos aeroportos, na
rodoviária, nas estações de trem, metrô, pelas ruas... (...) Acho que é um belo
sinal do jovem que faz sacrifício para ajudar outro jovem, o que é um sinal
também do que todos nós somos chamados a fazer em nossa vida: nos colocar a
serviço dos irmãos. Eu creio que esses peregrinos, com o seu exemplo, ajudam a
mudar o nosso mundo. É um grande testemunho que os peregrinos dão, sendo
voluntários, afirmou.
Para os
voluntários, todo o tempo em que estão servindo é ocasião para que Deus realize
graças em suas vidas, de formas jamais imaginadas, e os forme para a missão de
ser protagonistas do mundo novo:
— Eu vou
receber muito! Ontem, eu conheci uma mocinha maravilhosa, que abriu sua casa
para mim, porque eu não tinha um lugar para ficar. E eu penso que Deus sabe
exatamente onde eu preciso estar, melhor do que eu mesma. É uma estória
engraçada: eu sou polonesa e meus pais também são, e o lugar onde eu
supostamente ficaria alojada seria a uma estação de metrô daqui, entretanto,
ela mora próximo ao Santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire, e eu
nunca estaria lá de outro jeito.(...) Ou seja, Deus sabe onde eu preciso estar,
partilhou, emocionada Sophia Delpick, que atualmente reside em Massachusetts,
USA.
— Depois
do que a gente vai viver e aprender aqui, a gente vai poder levar melhor o
evangelho ao nosso país. E ser voluntária é maravilhoso, porque a gente pode
servir aos outros, sabendo que quem serve recebe muito mais, afirmou Sonia
Dobless, de Misiones, Argentina.
— É uma
emoção indescritível participar desta Jornada! As amizades que eu estou
fazendo, as experiências de oração... Tudo isso aqui nos leva a um encontro
pessoal com Deus mesmo, partilhou Edmila Alves dos Santos, de Cosmópoles, SPPara
Guilherme Erthal, de Vacaria, RS, que participa de uma Jornada pela segunda
vez, o encontro ser no Brasil tem um valor especial:
— Ter
Jornada no meu país é a experiência maior que eu posso ter na vida, em se
tratando de conhecer pessoas de outros estados e países, culturas e tradições
diferentes, com as quais a gente acaba trocando experiências de 'um cristo
particular', que ‘daquele jeito’, a gente não conhecia e que, no entanto, aqui
é gritado, anunciado para o mundo inteiro, contou.
Caroline
Pereira Muniz, de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, a JMJ é a oportunidade de
estar com aqueles que têm os mesmos propósitos de vida e, ao mesmo tempo, a
motivam a dar testemunho de vida em qualquer ambiente social em que esteja:
— A
Jornada, para mim, é achar aqueles que vivem como eu, que pensam como eu. Que
querem ser santos sem deixar de ser jovem. Eles me motivam à evangelização,
porque sei que não estou sozinha no mundo com o meu propósito, contou.
Fonte: arqrio.org
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