O beato João Paulo II também
convocou uma jornada semelhante depois do atentado das Torres Gêmeas
Diante dos
momentos dolorosos que está sofrendo a nação Síria por causa da violência, o
santo padre propôs um dia de jejum e oração no qual convida os cristãos, fieis
de outras religiões e homens e mulheres de boa vontade a participarem desta
jornada. Pedir pela paz no mundo e especialmente neste momento pela paz na
Síria, unirá o coração e os desejos de muitas pessoas neste sábado dia 7 de
Setembro.
O beato João
Paulo II teve uma iniciativa semelhante em 2001, após os ataques às Torres
Gêmeas em Nova York, quando convidou a viver o dia 14 de dezembro daquele ano
como um dia de jejum e oração para que Deus concedesse ao mundo “uma paz
estável, fundada na justiça” e convidou representantes das religiões do mundo a
Assis no dia 24 de janeiro de 2002 para rezar pela superação das oposições e
para promover a paz autêntica”.
Jejuar
também significa ser solidário e entender a situação das milhares de pessoas
que todos os dias passam fome no mundo. Este sábado também pode ser um tempo
para explicar até mesmo para os menores da casa o sentido de fazer este
sacrifício, que está longe de ser um ato desprovido de significado.
Em uma
nota divulgada pelo Departamento de Celebrações Litúrgicas na época, ofereceram
algumas reflexões sobre o significado do jejum e da oração.
O dia de
jejum, indica, não deve ser entendido apenas de acordo com as formas jurídicas
do Código de Direito Canônico; “mas em um sentido mais amplo, que envolva
livremente a todos os fieis: as crianças, que voluntariamente fazem renúncias
em favor dos seus irmãos pobres; os jovens, muito sensíveis à causa da justiça
e da paz; todos os adultos, menos os doentes, sem excluir os anciãos”.
”Em todas
as grandes experiências religiosas o jejum ocupa um lugar importante”, explica.
“O jejum implica uma atitude de fé, de humildade, de total dependência com
Deus.” Já no Antigo Testamento há exemplos em que o jejum é usado para “se
preparar para o encontro com Deus; antes de enfrentar uma tarefa difícil ou
pedir o perdão de uma culpa; para expressar a dor causada por uma desgraça
familiar ou nacional; mas o jejum, inseparável da oração e da justiça, está
orientado principalmente para a conversão do coração, sem a qual, como os
profetas já denunciavam, não tem sentido”. Do mesmo jeito encontramos o exemplo
na vida de Jesus, quando jejuou durante 40 dias no deserto antes de começar a
sua vida pública.
Na nota
também explica que “fieis à tradição bíblica, os santos padres tiveram muita
consideração pelo jejum. De acordo com eles, a prática do jejum facilita a
abertura do homem a outro alimento: o da Palavra de Deus e do cumprimento da
vontade do Pai; e em estreita ligação com a oração, fortifica a virtude,
suscita a misericórdia, implora o socorro divino, leva à conversão do coração”.
O documento,
no final, explica que ”a prática do jejum é dirigida ao passado, ao presente e
ao futuro: ao passado, como reconhecimento das culpas contra Deus e contra os
irmãos, das quais todos estamos manchados; ao presente, para aprender a abrir
os olhos para as necessidades dos outros ou à realidade que nos rodeia; ao
futuro, para acolher no coração a realidade divina e renovar, a partir do dom
da misericórdia de Deus, a comunhão com todos os homens e com toda a criação,
assumindo responsavelmente a tarefa que cada um de nós tem na história”.
Fonte: jovensconectados.org.br
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