Encontrar
em Cristo as respostas para as mais altas e comuns aspirações humanas e poder
saciar a fome de verdade e de amor autêntico foi a tônica das palavras e dos
gestos do Papa Francisco nos dias da JMJ Rio 2013 e agora no Pós-Jornada, é o
momento especial para tornar realidade essas respostas divinas.
Ao exortar
a todos os jovens e adultos, a todos os padres e bispos, na promoção da cultura
do encontro e do diálogo com o outro, o Santo Padre abriu um horizonte
inimaginável para as gerações que vivem nesse mundo da pós-modernidade.
A geração
passada, a de nossos pais e avós, a geração atual, a dos adolescentes e jovens,
a geração futura, a das crianças e bebês, têm diante de si um mundo em
contínuas e rápidas transformações que lhes questiona de forma bem enigmática.
Esse
questionamento misterioso pode ser respondido com certeza, como nos apontou o
Papa no Rio de Janeiro, por uma só pessoa, Cristo Redentor. Não há enigmas na
vida para quem cultiva dentro de si o encontro freqüente com esse Homem – “Eis
o homem”, disse Pilatos diante de uma multidão –, que sem deixar de ser Deus,
ficou entre os homens e as mulheres de todas as gerações para dar as respostas
certas para as questões mais enigmáticas feitas pela inteligência e pelo
coração humano.
Tudo o que
foi na vida e tudo o que será ainda necessitam ser confrontados com Jesus
Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre!
Não
cultivar a fé em Cristo, não crer bastante n’Ele, é gerar no encontro com as
pessoas e com as instituições uma dúvida cruel. Vale a pena viver nesse mundo
tão individualista, tão violento e tão corrupto? Vale a pena ser bom nesse
mundo onde os “promotores do mal” levam vantagem e raramente são punidos? Vale
a pena ainda evangelizar, anunciar a Boa Nova da Verdade, da Beleza e do Bem,
para um mundo manipulado por meios visuais e impressos que invadem lares e
consciências, levando confusão às mentes sobre o que realmente é valioso na
vida?
Uma
multidão entusiasmada próxima de 3,5 milhões de pessoas, que estava na Praia de
Copacabana ouviu o Papa Francisco dizer: “Ide, sem medo, para servir. Ide, sem
medo, para servir. Seguindo estas três palavras, experimentarão que, quem
evangeliza, é evangelizado, quem transmitir a alegria da fé, recebe mais
alegria.
Queridos
jovens, quando retornarem para suas casas, não tenham medo de ser generosos com
Cristo”.
Há 2.000
anos atrás diante dos olhos de Jesus havia multidões entusiasmadas pelo que Ele
dizia e fazia, mas também Ele se encontrou com uma multidão que, manipulada
pelas autoridades religiosas da época, só sabia gritar: Crucifica-O,
crucifica-O!, pedindo a sua morte.
Mas a
resposta de Jesus de Nazaré foi uma só, tanto para as pessoas entusiasmadas,
quanto para as multidões manipuladas: “Quando Eu for levantado sobre a terra,
atrairei todos a Mim”. Havia um grito de triunfo por trás dessas palavras, e
Ele pronunciou frases que ainda ecoam no mundo que periodicamente questiona a
nós, católicos: “Tudo está consumado!” e “Eu venci o mundo”.
Jesus vê –
e nós com Ele – com otimismo a vida da humanidade e de cada geração que a
constrói.
É preciso
olhar para o mundo atual constituído por diversas gerações e enxergar com o
otimismo da fé que nele não reina só o mal. Se o mal está presente e parece
avançar, o bem também progride, e quem cultiva o encontro pessoal com Jesus
Cristo é sempre um vitorioso, é sempre um cristão que sabe consumar o seu
trabalho missionário. Ser otimista da fé é saber e faz saber que o Bem jamais
será destruído, que o Caminho jamais será apagado, que a Vida jamais será
arrasada da face da terra.
O período pós JMJ Rio 2013 tem esse
forte vetor, pessoal e social: a vitória da Fé, a alegria da esperança, a força
medicinal do Amor.
O
otimismo, a alegria e a força da intimidade com Cristo Redentor devem levar
pais e avós, adolescentes e jovens, crianças, a deixarem bem abertos seus
olhos, e verem as realidades da sociedade tal como são, mas tê-los bem mais
abertos e elevados para verem tanto bem feito e que ainda deve ser realizado
pela Igreja Católica junto com outras igrejas, religiões e pessoas de boa
vontade.
Devemos
ser pessoas que renovando o mundo com os ensinamentos do Evangelho e do Papa
Francisco, demonstram que o otimismo humano e cristão, de todos juntos,
adultos, jovens e crianças, é necessário para enfrentar os desafios de cada época
e dar a cada um deles respostas semelhantes às de Jesus Cristo, conscientes
daquele seu compromisso assumido com seus discípulos-missionários: “Eu estarei
convosco todos os dias até a consumação dos séculos”.
Com
Cristo, por Cristo e em Cristo podemos ser os portadores da única chama capaz
de iluminar um mundo em trevas que anseia ser um mundo iluminado pela fé, pela
esperança e pela caridade que Cristo trouxe como a Boa Nova para todas gerações.
Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
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